Cicloturistas retornam ao Brasil após ficarem isolados na Argentina

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O casal brasileiro de cicloturistas Marcelo Furtado e a Milena Rodrigues, do projeto O Mundo em Duas Bikes, finalmente conseguiu retornar ao Brasil após ficarem isolados pela quarentena. Eles passaram mais de um mês presos na Argentina tentando um meio para voltar para a casa.

Os dois saíram de Brusque em Santa Catarina e pedalaram por mais de sete meses até chegar a Ushuaia no país vizinho. Eles percorreram mais de 5.000 quilômetros quando há cerca de 35 dias descobriram que o governo argentino havia decretado quarentena e que não poderiam voltar para a casa.

Brasileiros chegando em Ushuaia.

Então, o casal decidiu alugar uma casa em Rio Grande, próximo a Ushuaia onde poderiam se organizar melhor. Eles também começaram a fazer diversos apelos às autoridades brasileiras para poderem retornar ao país. “Tentamos com a Embaixada Brasileira, que chegou a dizer que disponibilizaria um voo, mas acabou cancelado. Daí nos bateu o desespero e passamos a apelar por ajuda”, contou Furtado.

Por meio de uma rede de cicloturistas o apelo do casal chegou ao deputado paranaense Goura que também é ciclista. Goura então encaminhou uma solicitação ao consulado argentino em Brasília para negociar uma forma de trazer o casal de volta para o Brasil.

Bikes em Rio Grande.

“Fomos informados pelo cônsul da Argentina Pedro Ezequiel Marotta que os brasileiros terão salvo-conduto no território argentino e para atravessar a fronteira com o Chile e serão acompanhados por escolta policial a partir desta quarta-feira (8) até a fronteira com o Brasil”, informou Goura.

Assim, na madrugada de ontem, os dois iniciaram a viagem de volta. Eles e suas bicicletas estão viajando em um comboio e deverão chegar em Santa Catarina nos próximos dias.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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