Escalador Ian Schwer e seu parceiro sofrem acidente fatal no Cerro Caraz

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O escalador praticando o esporte que mais gostava: subir montanhas.

Viver em paz, escalando, caminhando e morando em meio às montanhas é o sonho de muitos montanhistas. Esse sonho foi vivido pelo escalador Ian Schwer até o seu último momento de vida.  Isso é o que consola os amigos e familiares de um dos alpinistas encontrados mortos no Peru na última sexta-feira.

Ian nasceu em uma família de andinistas e sempre esteve intimamente ligado as montanhas.  Aos 30 anos era considerado um renomado escalador, esquiador e piloto de parapente. Schwer também pertencia a Comisión de Auxilio del Club Andino Bariloche, onde atuou como socorrista de montanha, e há quatro anos era o “refugiero”, responsável pela administração do Refúgio Frey em Bariloche, na Argentina. Muitos que passaram pelo Frey nos últimos anos provavelmente o conheceram. “Ian era o ponto de referência para a última geração de escaladores” contou Martin Raffo, chefe da Comissão de Auxilio ao site de notícias argentino Pagina 12.

Ian viveu nas montanhas até o seu último momento de vida.

O escalador estava no Peru para escalar o Cerro Caraz, na Cordilheira Blanca. Esse maciço é conhecido como “nevado” porque tem neve durante todo o ano. O acidente ocorreu ainda na subida e vitimou Ian e seu parceiro Juan Pablo Cano, de Santa Fé. Como eles não retornaram no dia previsto, outros escaladores e amigos da dupla foram até o local e depois de várias horas de caminhada, visualizaram os dois já imóveis na montanha. No último domingo bombeiros e resgatistas trabalharam na remoção dos corpos do local.

As causas do acidente ainda são desconhecidas.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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