Família perde a vida após ser atingida por Cabeça D’Água

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Três pessoas de uma mesma família perderam a vida após serem atingidas por uma Cabeça D’água, em Quatro Barras na região metropolitana de Curitiba, no último dia 21/04. Uma criança de nove anos, sua mãe e seu tio estavam tomando banho na Cachoeira do Riva quando foram surpreendidos pela enxurrada. Outros familiares que estavam presentes conseguiram escapar a tempo.

Em casos assim o volume de água aumenta repentinamente. Foto: Grupo de Operações de Socorro Tático

Uma amiga da família contou que outras duas mulheres, irmãs da vítima, atravessaram o rio com dois meninos. Todavia a terceira ficou presa em uma pedra por conta do grande volume de água. O homem (tio da criança) tentou atravessar com a menina, porém os dois foram arrastados pela água. De acordo com o Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) os corpos foram encontrados cerca de 700 metros do local já sem vida.

A equipe Alta Montanha lamenta o ocorrido.

Perigo Sutil

É comum acontecer acidentes desse tipo durante o verão ou dias mais quentes. Muitas pessoas buscam locais naturais para se refrescar. Entretanto, é nessa época também que há maior incidência de chuvas e um passeio pode se transformar rapidamente em um acidente.

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O fenômeno da Cabeça D’Água é muito rápido e apresenta sinais muito sutis de que irá acontecer. Por esse motivo é sempre importante estar atento à previsão do tempo. Mesmo quando o tempo esta bom no local do banho pode haver chuva em outras regiões do rio. Uma chuva rápida, porém intensa, é o suficiente para que a água acumule e chegue rapidamente até os banhistas.

Alguns sinais como a presença de galhos e folhas secas boiando ou o aumento do fluxo da água podem indicar o perigo eminente. Se a água fica turva ou barrenta de repente, também pode sinalizar uma Cabeça d’água se aproximando. Nesses casos o recomendado é sair imediatamente da água e procurar um lugar seguro.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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