Franceses continuam desaparecidos no Nepal. Conquista de nova rota é dedicada a eles

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Três alpinistas franceses estão desaparecidos desde o dia 26/10 quando tentavam escalar o  Mingbo Eiger. Essa montanha possui 6.070  metros de altitude e esta localizada na região do Khumbu, próximo ao Ama Dablam e o Everest.

Através do sobrevoo com o helicóptero foi possível identificar rastros dos três montanhistas.

Thomas Arfi era o alpinista mais experiente e líder da expedição e estava acompanhado por Louis Pachoud e Gabriel Miloche que também fazem parte do Groupe Excellence Alpinisme Nationale (GEAN) da Federação Francesa de Clubes Alpinos e de Montanha (FFCAM). ​​Eles começaram a escalada no dia 26/10 e enviaram uma mensagem ao restante da equipe avisando que a escalada havia ocorrido normalmente e que eles iriam bivacar na parede.

Equipes realizando buscas na região em que os três estavam.

Esta foi a última mensagem do grupo. Com o passar dos dias e a falta de resposta, o restante da equipe francesa decidiu organizar uma busca de helicóptero. Através do sobrevoo puderam identificar pegadas a cerca de 5900 metros de altitude que eles acreditam ser dos três desaparecidos. Todavia, ainda de acordo com informações passadas a mídia nepalesa, uma avalanche ocorreu na região em que os três estavam.

A Federação Francesa acredita que eles deram meia volta, mas não conseguiram escapar da avalanche. Em buscas a pé, foram encontrados alguns pertences dos escaladores, no entanto, ainda não há sinal deles. No entanto acredita-se que a neve pode chegar a profundidade de um prédio de cinco andares, além do mau tempo que atrapalha as buscas.

Uma nova rota é dedicada a eles

Enquanto a equipe tentava a escalada do Mingbo Eiger, outros cinco membros da Federação Francesa conquistaram uma nova rota na face norte do Cholatse (6.440 m). Essa montanha é muito desejada por escaladores de alto nível devido a sua complexidade.

Quinteto escalando no Cholatse.

Os alpinistas Anouk Félix-Faure, Pauline Champon, Pierrick Fine, Pierrick Giffard e Stéphane Benoist levaram cinco dias para chegar ao topo da montanha abrindo a rota. Em homenagem aos amigos desaparecidos eles dedicaram a conquista a eles e batizaram a rota com o nome ‘Brothers in arms’ (ED, 1.600 m, VI, M5 +, WI5).

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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