Gabriele Moroni realiza first acent em uma das últimas vias abertas por David Lama

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David Lama marcou a história do montanhismo e da escalada com grandes feitos como a escalada em livre do Filo Sureste no Cerro Torre e a escalada em solo do Lunag Ri (6.895 m), aventuras que lhe renderam dois Piolets d’Or, premiação máxima do montanhismo. No entanto, antes de morrer em 2019, nas montanhas rochosas canadenses, ele também deixou como legado diversas vias de escalada, atividade pela qual ele era apaixonado e dedico boa parte de sua vida.

Gabriele Moroni no ‘Trofeo dell’Adriatico’ 9a+ em Arco – Foto: Matteo Pavana.

Entre essas vias esta a Trofeo dell’Adriatico aberta a mais de 10 anos por Lama mas  que somente agora teve seu first ascent (primeira ascensão). O escalador, Gabriele Moroni, foi o primeiro a chegar em seu topo realizando todos os seus movimentos e sem quedas, no início desse ano. O escalador sugeriu a graduação de 9a+ francês, o equivalente 12a na graduação brasileira.

Com essa primeira ascensão a obra de Lama esta oficialmente concluída e ajudará a contar a história de Lama. “O processo neste projeto teve muitas fases, altos e baixos, amor e ódio que durou quase duas temporadas. Outros alpinistas locais e não locais sabiam que eu estava gastando muitos dias e energia tentando encadear a rota, e eu aprecio que eles me deram meu tempo para terminá-la. Alguns dias eu senti vontade de terminá-lo o mais rápido possível porque eu realmente queria que outras pessoas experimentassem e desfrutassem desse pedaço de rocha perfeito! Mas por outro lado eu realmente queria ser o primeiro a fazê-lo em homenagem ao David”, contou Moroni. 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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