Himalaia Database irá considerar cumes falsos do Manaslu alcançados até 2021

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O Himalaia Database fundado por Miss Hawley é um influente banco de dados no qual são registradas oficialmente as escaladas nas maiores montanhas do mundo. Essa semana os responsáveis pelo banco de dados publicaram a decisão de considerar o ante cume  do Manaslu alcançado pela maioria dos escaladores até 2021 como o topo da montanha. No entanto, a partir de 2022 será necessário atingir o cume verdadeiro para ter que o Manaslu entre no currículo dos montanhistas.

Imagem de drone mostra pontos do ante cume e cume verdadeiro

A notícia tranquiliza centenas de montanhistas que escalaram essa montanha, no entanto não chegaram ao topo verdadeiro. Isso inclui alguns recordes mundiais como o de Nirmal Purja, o homem que completou a escalada dos 14 oito mil em menor tempo.

Comunicado oficial Himalaia Database

“Em 27 de setembro de 2021, Mingma Gyalje e sua equipe alcançaram o ponto mais alto de Manaslu, o que foi documentado por um drone voando ao mesmo tempo em que Mingma Gyalje se aproximava do verdadeiro cume. Durante anos, houve controvérsia sobre o ponto mais alto da crista somital do Manaslu e o Himalaia Database estudou o assunto em várias ocasiões. Um relatório publicado por 8000ers.com mostra mais detalhes a topografia exata do Manaslu”, diz comunicado oficial.

“Com o cume claramente documentado por Mingma Gyalje e sua equipe, o Himalayan Database decidiu que a partir de 2022 só atribuirá o cume àqueles que atingirem o ponto mais alto mostrado na fotografia do drone tirada por Jackson Groves. Aqueles que atingirem as elevações indicadas como Sherlf 2, C2 e C3 na fotografia serão atribuídos ao ante cume. Essa mudança no critério da cúpula foi recomendada e apoiada pelos operadores estrangeiros e nepaleses consultados em Katmandu”, completa o Himalaia Database.

O comunicado conclui ainda que os três pontos considerados ante cumes serão atribuídos como cume até 2021 devido à falta de conhecimento até então.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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