Homem falece de mal súbito em montanha no Paraná

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Um homem de 38 anos sofreu um mal súbito enquanto subia o Pico do Araçatuba em Tijucas do Sul no Paraná ontem (20/09). Um grupo de montanhistas que subia a montanha encontrou o corpo. Infelizmente não foi possível reanima-lo e ele faleceu na hora.

Rafael Paes em suas atividade como escoteiro.

A vítima foi identificada como Rafael Paes de 38 anos, também conhecido como  Mestre Yoda. Ele era chefe de escoteiros da Tropa Cosmos do GE Marechal Rondon e possuía experiência em montanhismo além de conhecer o local.

De acordo com a publicação do amigo da vítima, Cassiano Merlin, Rafael estava realizando um sonho, que era levar o seu sobrinho para a montanha. Nesse domingo seria a primeira escalada do seu sobrinho de seis anos, porém terminou com esse lamentável incidente.

Ele estava com sua família na montanha, mas ficou para trás para fazer algumas fotos quando passou mal. O grupo que subia na sequência prestou atendimentos de primeiros socorros e acionou o Grupo de Operações e Socorro Tático do Corpo de Bombeiros do Paraná (Gost). Após todos os atendimentos e tentativas de reanimação foi constatado o óbito.

A  União dos Escoteiros do Brasil – Região do Paraná publicou uma nota de pesar lamentando o acontecimento.

Mal súbito

Como o AltaMontanha.com citou em dezembro de 2019, na matéria “Por que é importante fazer uma avaliação médica antes da montanha?“,  o mal súbito é um sintoma de diversos problemas de saúde que consiste na perda repentina da consciência. Normalmente não há nenhum sinal antes dele acontecer, mas algumas pessoas podem sentir: incômodo no peito, batimentos cardíacos acelerados, mal-estar, enjoo, dor de cabeça e falta de ar.

Esse fato chama atenção para um a prática que nem sempre é respeitada pelos montanhistas, a realização de exames de check up e avaliação física periodicamente.

“A recomendação é que as pessoas acima de 35 anos antes de qualquer atividade física procure um cardiologista, para ter uma avaliação completa. Já abaixo dessa idade, pode procurar um clínico geral, e, em caso de alguma alteração, será encaminhado para um especialista”, recomenda a cardiologista e professora da Pontifícia Universidade de Campinas (PUC-Campinas), Flávia Mothe.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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