Intenso fluxo de motocicletas causa degradação em Unidades de Conservação

0

A prática do motocross em determinadas regiões tem se tornado cada vez mais popular. No entanto, ambientalistas afirmam que o uso de motocicletas desse esporte, praticado ilegalmente em determinadas áreas de montanha ou de preservação ambiental, coloca em risco a flora e principalmente a flora e ser tornaram mais um vetor de degradação ecológica. Isso porque há um grande impacto nos locais por onde passam as trilhas dessa atividade.

Pedaço de trilha que foi alargada e erodida após intensa passagem de motos. Foto: André Jean Deberdt

A Serra da Canastra é uma das regiões afetadas. Segundo o biólogo André Jean Deberdt, há fiscalização para inibir a prática, mas isso nem sempre acontece devido a extensão do local e as diversas entradas clandestinas. Já no Parque Nacional da Serra do Gandarela a prática atinge um dos poucos remanescentes de uma flora rupestre endêmica. A direção do parque está tentando criar um roteiro especifico para em que a prática não danifique as espécies do local.

Segundo estudos a circulação veículos motorizados fora de estrada em áreas naturais provoca a alteração da estrutura e degradação de solo. Além das grandes erosões, a passagem de motocicletas em trilhas também gera poluição por resíduos sólidos, poluição do solo e de cursos d’água, por combustíveis, óleos, graxas. O barulho ainda afugenta a fauna entre outros danos ambientais.

Os motoqueiros por sua vez, dizem que já praticam a atividade há mais de 30 anos na região e que auxiliam na identificação de focos de incêndio e também contribuem com a economia local. No entanto, boa parte dos moradores não tem a mesma opinião, alguns inclusive proíbem a entrada de motos em suas propriedades.

Placa em propriedade particular. Foto: André Jean Deberdt

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Deixe seu comentário