Novo Vídeo: Lukla e o seu Aeroporto Mortal

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Se você sonha em conhecer de pertinho o Everest, a maior montanha do mundo, é preciso uma boa preparação física para as longas caminhadas e também um bom treino psicológico para pousar no aeroporto de Lukla. Esse é o ponto inicial do Trekking ao Acampamento Base do Everest e outros trekkings da região como o Annapurna e o Manaslu.

Aeroporto de Lukla a 2850 metros no Nepal.

O Aeroporto de Tenzing-Hillary fica a 2850 metros de altitude em meio a montanhas e precipícios no pequeno vilarejo de Lukla e causa arrepios até mesmo nos passageiros mais viajados. Esse aeroporto foi construído em 1964 com o apoio de Edmund Hillary, conquistador do Everest, para melhorar o acesso de montanhistas e turistas nessa região. Assim, como não há estradas que cheguem até a vila, o montanhista que não queira usar esse aeroporto, terá que andar cerca de 10 dias para chegar nesse local.

Todavia a infraestrutura do aeroporto é um tanto peculiar e junto com a sua localização, o torna um dos aeroportos mais temidos do mundo. Sua pista de pouso esta localizada em uma encosta de montanha e possui apenas 527 metros de comprimento. Apenas aeronaves de pequeno porte, que transportam em média 15 passageiros pousam nesse lugar. Assim, para auxiliar nos pouso e decolagens, a pista conta com uma inclinação de 12% que ajudam o avião frear ou acelerar dependendo do momento.

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O voo de Kathmandu à Lukla dura aproximadamente 40 minutos e também é emocionante. As aeronaves passam muito próximas a montanhas trazendo aquele frio na barriga. Por esse motivo, os voos são feitos apenas em dias com boas condições de tempo e visibilidade. Os pilotos também são treinados e acostumados com essa rota, todavia imprevistos como a presença de ventos fortes acontecem razoavelmente.

No vídeo de hoje, o montanhista Pedro Hauck comenta as suas impressões sobre esse aeroporto tão temido e nos conta como é a experiência de viajar até ele.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

1 comentário

  1. ALBERTO ORTENBLAD FILHO em

    Conheci o aeroporto de Lukla quando a pista era em terra e, de fato, o avião freiava pelo aclive que tinha. O avião nem tinha assentos convencionais, eram tiras de lona. Como conta o Pedro, era surpreendente avistar encostas e cristas tão altas e próximas. Lembro-me de uma vaca que me pareceu voadora. Mas meus voos foram bons, sem turbulência. Anos depois, pousei em Paro no Butão e descobri que a quantidade de manobras arriscadas era maior, se não me engano oito desvios meio assustadores das muitas montanhas. Mas, de novo, os voos foram ótimos, com direito a mais de meia dúzia de picos colossais emergindo acima das núvens.

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