Montanhistas franceses desaparecidos na região do Ojos Del Salado são encontrados

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Os dois montanhistas franceses que estavam tentando escalar o vulcão Ojos Del Salado com 6.891 metros de altitude pelo lado argentino foram encontrados hoje, 28/12. Eles apresentavam sinais de desidratação e hipotermia, porém foram socorridos sem riscos de morte, após 48 horas perdidos.

O Ojos del Salado é o maior vulcão do mundo, localizado na fronteira da Argentina com o Chile.

Dimitri Pitou e Graciet Quenti desapareceram no último dia 25/12. No domingo, 26/12, eles conseguiram enviar um pedido de socorro e uma brigada de resgate iniciou uma operação de busca imediatamente em conjunto com o Grupo de Resgate Especial (GER) da Polícia de Catamarca, a Polícia Nacional e guias que atuam na região.

No entanto, as buscas precisaram ser suspensas devido a uma forte tempestade com granizo. Ontem, as buscas retornaram e as equipes conseguiram encontrar alguns pertences dos montanhista. Todavia, somente hoje eles foram encontrados na região de Las Juntas, a cerca de 25 km do refúgio El Arenal de onde enviaram o pedido de socorro.

Eles faziam parte de um grupo de três montanhistas, no entanto o terceiro integrante não conseguiu se aclimatar e retornou para a cidade antes.

Inverno boliviano

O fenômeno que causou a tempestade no Ojos del Salado é muito comum entre o fim de ano e o mês de janeiro, quando há temperaturas mais fortes na Amazônia da Bolívia, formando fortes massas de ar úmidas e quentes que conseguem ultrapassar os andes e despejar toneladas de neve na região do Atacama. Este fenômeno é chamado de “Inverno Boliviano”.

Abaixo, o guia de montanha Pedro Hauck, conta uma história parecida, mas com final feliz, de uma vez que ele foi surpreendido por este fenômeno no Ojos del Salado.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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