Montanhistas são surpreendidos por pandemia ao descer da montanha

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Infelizmente o Coronavírus se espalhou pelo mundo e vêm causado mortes em todos os continentes. Assim, nos últimos dias não se fala em outra coisa, nas mídias, nas ruas ou em casa, a pandemia é o assunto principal.  Mas você deve pensar, será que nesse mundo existe alguém que não saiba o que esta acontecendo?

Bem, talvez as populações mais isoladas e com menos acesso aos meios de comunicação ainda não saibam. Mas essa semana, essa notícia também pegou de surpresa um grupo de montanhistas na Bolívia. Após 46 dias em meio às montanhas eles voltaram para cidade e descobriram que o mundo em que eles viviam não é mais o mesmo.

Grupo passou 46 dias isolado nas montanhas

O grupo de 18 montanhistas estava isolado nos picos próximo a La Paz e sem comunicação para realizar um curso para guias de trekking e líderes de expedição. Lá eles aprenderam e praticaram técnicas de resgate, glaciologia, gerenciamento de riscos e outras técnicas para sobreviver em situações e condições adversas.

“Quase não tínhamos informações, não entendíamos o que estava acontecendo e não havia sinal na montanha. Mal tínhamos uma bateria para os rádios que também são carregados com painéis solares”, disse Sergio Condorí um dos instrutores do curso.

Após alguns dias a vida na cidade mudou

Ao descer da montanha eles encontraram fronteiras fechadas e cidades quase desertas. As poucas pessoas que estavam na rua, tentando se proteger com máscaras e luvas contra a pandemia. “Foi totalmente impressionante, porque saímos em uma situação normal, com as ruas cheias, pessoas dançando, empresas abertas, mas voltamos a uma cidade vazia, sentimos pânico e paranoia”, disse o instrutor.

Treinamento de progressão em glaciares.

Os 18 montanhistas alemães, bolivianos, chilenos, colombianos e franceses realizaram exames e estão bem. Entretanto, agora deverão eles deverão ficar em quarentena, assim como a população da Bolívia. Enquanto isso, a Associação de Guias da Bolívia irá auxiliar nos trâmites burocráticos para que os franceses e chilenos possam retornar aos seus países de origem.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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