Municípios proíbem o acesso a Serra Fina

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Os municípios mineiros de Itamonte e Passa Quatro  proibiram o acesso e trânsito de visitantes nas principais entradas da Serra Fina. A medida foi tomada após o grave incêndio que atingiu mais de 600 hectares de vegetação nessas montanhas no mês de julho.

Campos de altitude na Serra Fina antes do incêndio – Foto: Gustavo Jordaky

De acordo dois decretos municipais de Passa Quatro (11.003) e Itamonte, fica proibido o acesso e trânsito nessas montanhas por 10 meses. A interdição da trilha foi recomendada pela APA Serra da Mantiqueira (Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira) órgão vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e o Ministério do Meio Ambiente.

A travessia da Serra Fina é um dos trekkings mais famosos e procurados por montanhistas no Brasil. Todavia a proibição de entrada tem o objetivo de auxiliar na recuperação da área devastada pelo fogo. Assim ela também visa possibilitar trabalhos como a elaboração de um documento técnico cientifico, bem como pesquisas, fiscalização e recuperação da área afetada.

Fica proibido o acesso por qualquer trilha de Itamonte ou de Passa Quatro como a Trilha do Paiolinho, Toca do Lobo e Casa de Pedra. Assim, quem desobedecer ao decreto poderá ser processado pelo Artigo 48 da Lei de Crimes ambientais (9605/98). Essa lei determina que impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação é passível de detenção (seis meses a um ano) e multa.

Os decretos excluem dessa proibição os proprietários das áreas afetadas e também pesquisadores, agentes públicos e colaboradores das ações de preservação.

Decreto Municipal de Passa Quatro

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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