Reabertura da Serra Fina, saiba quanto custará esse trekking

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A Travessia da Serra Fina é uma das travessias mais famosas do Brasil. Ela esta localizada entre São Paulo e Minas Gerais e passa por belas montanhas da Serra da Mantiqueira, como o Pico do Capim Amarelo, a Pedra da Mina (ponto mais alto da Mantiqueira) e Pico dos Três Estados. Além da Travessia, ela também é muito procurada por montanhista que querem escalar suas montanhas.

A Serra Fina é uma das travessias mais belas do Brasil.

No entanto, a Serra fina está fechada desde de 2020, quando foi atingida por um incêndio florestal que destruiu 600 hectares de vegetação nativa. A previsão para reabertura é a partir do dia 01/06. Todavia, os visitantes precisarão seguir novas regras para entrar no local.

A partir dessa data a entrada nas trilhas da Serra Fina serão feitas apenas pelas portarias oficiais criadas pela Associação dos Proprietários da Serra Fina. Além disso, será necessário a compra de ingresso para o acesso.

Quanto custa a Serra Fina?

Os valores variam conforme o número de dias utilizados para realização do trekking ou travessia e o número de acampamentos. Também há diferença de valores entre os dias da semana. Assim, de segunda a sexta-feira, dias em que há demanda menor, o valor será de 30 reais por dia. Já nos finais de semana o valor será 60 reais por dia e nos feriados, 80  reais por dia. Os acampamentos tem preço fixo de 30 por noite.

Assim, se um montanhista deseja realizar a travessia da Serra Fina em quatro dias uteis ele deve somar as quatro diárias de 30 reais mais os três acampamentos no valor de 30 reais totalizando um valor de 210 reais por pessoa.

Mas caso, ele deseje realizar esse mesmo roteiro durante um feriado prolongado, o valor será de 410 reais por pessoa. A mesma regra vale para pernoite simples, como os realizados na Pedra da Mina, em que o visitante usa um dia para subir a montanha, acampa e retorna no outro. Nesse caso serão cobradas duas diárias mais um acampamento.

No entanto moradores das cidades que abrigam a Serra Fina (Passa Quatro, Itanhandu, Itamonte, Lavrinha e Queluz), terão descontos. O valor para um dia de trekking será de 15 reais nos dias úteis e 30 reais em finais de semana e feriados.

Onde esse dinheiro será investido

De acordo com a Associação dos Proprietários da Serra Fina, o valor arrecadado será revertido em investimentos de manutenção na montanha e no pagamento de custos de operação. Entre as ações propostas estão o manejo e sinalização constante das trilhas, o pagamento da mãe de obra e manutenção das portarias, custos indiretos da gestão como salários e impostos.

Além disso, a empresa responsável pelo gerenciamento das trilhas também contratará um Seguro Aventura para os visitantes do local.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

14 Comentários

  1. Duvido… esse dinheiro da exploração da Serra Fina vai pro bolso dos donos das terras e uma minoria vai para fazer não sei o que pois ja esyive lá por algumas vezes e não acredito e manejo dessa forma ,os valores são astronômicos, levando em consideração no numero de pessoas que irão atravede agencia ,pois é só no que eles estão almejando Agência e não ir solo ou em um pequeno grupo de montanhistas de verdade.

  2. Na verdade tudo está correto em se fazer, ( cobrar ) assim como os indios
    faz na Amazônia e depois pega o dinheiro pra eles. O recurso e usado na floresta não, aqui vai ser a mesma coisa, sabe porque:

    Pessoas sérias que ama a natureza, não o dinheiro.

    Recurso usado no próprio lugar dando assim qualidade pra quem usa.

    Preparação do local pra ser usado.

    E isso tem que ser feito antes, não depois da abertura da serra fina, se está esperando recurso antes isso nunca será feito, será somente um bando de lobo em busca da preza.

  3. Enfia naquele lugar…. risquei da lista e ainda farei forte propaganda negativa dessa elitização da trilha que deveria ser PÚBLICA e ACESSÍVEL E INCLUSIVA!

    Controle de acesso sim. Gourmetizacao NÃO

  4. De onde vc tirou a informação que os acampamentos tem preço fixo de 30 por noite? Não encontrei esta informação no post do Ruah. Eu entendi que day-use e acampamento têm o mesmo preço.
    Ainda estou chocada com a elitização da Serra Fina…

  5. Alessandro Romano em

    estão usurpando o trabalho dos montanhistas locais, de 30 anos, abrindo e cuidando da trilha, resgatando perdidos, divulgando e apagando incêndio,
    de repente chega uma empresa, fecha e elitiza a montanha, cobrando trezentos reais pra fazer a travessia
    E impedindo os locais de terem acesso ao seu patrimônio

  6. Isso é uma vergonha o preço das diária. Algo tem que ser feito o governo federal está a par desse abuso de valores cobrado. Uma vergonha e nada será feito de melhoria nas trilhas isso vai para os bolsos de uma minoria que não são os moradores. Eles querem é impedir o acesso ao parque com essas taxas.

  7. Interessante… não vou entrar no mérito das taxas, mas o que não ficou claro é COMO SE PAGA? Como se reserva os “ingressos” antecipadamente e como se recebe os mesmos? E p/ quem quer entrar na madrugada, como é feita a fiscalização ou abertura do “portão de entrada (e saída)”.

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