
Subir escalando ou caminhando até o cume de uma montanha é sempre um ato de superação para principiantes ou veteranos…
Subir escalando ou caminhando até o cume de uma montanha é sempre um ato de superação para principiantes ou veteranos…
Travessia de bicicleta passando por Guaraqueçaba, Batuva, Trilha do Telégrafo, Estrada do Ariri, Vila de Ariri, Barra do Ararapira, Praia Deserta na Ilha de Superagui, Vila de Superagui e Paranaguá.
Meses atrás realizei um ferrotrekking de Caucaia do Alto até Aldeinha pelo miolo da Reserva Florestal do Morro Grande, paraíso ecológico repleto de mananciais responsáveis pelo abastecimento de Sampa. Ao largo dos 20kms percorridos não pude deixar de reparar nas inúmeras picadas nascendo da ferrovia, indo em todas as direções. Pra onde essas trilhas vão dar?, foi o pensamento que ficou. Pra sanar essa dúvida retornei lá pra xeretar picada por picada, afim de mapear esses caminhos que tanto poderiam dar em nada como levar a alguma surpresa natureba, tipo cascatinha, remanso lacustre ou até um acampamento caçador. Este é o primeiro breve relato dos vindouros rolês nesta enorme mancha verde, repleta de mata nativa e bichos silvestres a apenas uma hora da Metrópole.
Construida em 1916, a Barragem e Represa do Graça faz parte do Sistema Alto Cotia no abastecimento de Sampa. Juntamente com a Represa Pedro Beicht, ambos integram a Reserva do Morro Grande. Situada ao norte da reserva, a Represa do Graça possuía muitas estradas de manutenção que serviam tanto pra acessar Embu das Artes como delimitar propriedade da Sabesp. Aproveitando um dia quente de sol a pino, fui então xeretar uma destas antigas vias que hoje deu lugar a uma simpática trilha, passivel de ser percorrida a pé. Um rolezinho circular de quase 17kms com direito a vilarejo fantasma, dois belos mirantes, peçonhenta no caminho, picada de marimbondo e tchibum em cachoeira. E não necessariamente nessa ordem.
Situada entre Cotia e Itapecirica, a Reserva Florestal do Morro Grande responde pela enorme mancha verde que circunda a represa do mesmo nome. Criada em 1979, é detentora de extensa área de mata nativa, bichos silvestres e rios importantes para o abastecimento de Sampa que nascem dentro dela, como o Capivari, Cotia, dos Peixes e da Graça.
Conhecido informalmente por Morro dos Macacos ou do Tamboré, o Morro do Jaraguá-Mirim é uma simpática elevação urbana situada entre Santana do Parnaiba e Barueri que ganha o nome da fazenda na qual está inserida. Vizinho de um dos cartões-postais de Sampa, o Pico do Jaraguá, o Jaraguá-Mirim oferece do alto dos seus quase mil metros de altitude vista privilegiada da região norte da cidade. Programa sussa de meio-periodo, eis um roteirinho que começou no caótico Pq Imperial e findou na luxuosa Alphaville, revelando não apenas largas cristas e visus diferenciados da urbe. Mostra tb a desigualdade social separada apenas por um simplório e modesto acidente geográfico.
Com a vizinhança de um controverso hospital psiquiátrico de um lado e um presídio na ativa no outro, o P. E. Juquery surge como oásis verde e ótima opção de lazer pra quem busca trilhas perto de Sampa. Com caminhos oficiais e outros nem tanto, aproveitei meio período de um domingo pra bisbilhotar veredas reminiscentes do setor oeste que palmilham limites bastante tênues da área de conservação com seus polêmicos vizinhos. Uma delas vai de encontro a ruinas que flertam com o atual Centro de Progressão Penitenciária; a outra desemboca no antigo cemitério do maior hospital psiquiátrico do país, uma descoberta macabra que escancara não só o triste passado da instituição como ilustra sua desoladora situação atual.
Basta a gente se ausentar dos lugares por algum tempo q qdo se retorna imediatamente as mudanças se percebem. Boas ou não. Foi assim recentemente em Paranapiacaba e agora tb, no sertãozinho de Biritiba-Mirim, qdo retornei ano após minha última visita. Sob pretexto dum mergulho refrescante na Represa Andes, aproveitei pra verificar as condições atuais do Picadão do Geraldo, antiga via extrativista q homenageia seu mais folclórico residente e q hoje tornou-se espinha dorsal de trocentos atrativos locais, como Pico do Gavião e Itapanhaú, Cachus Light, Água Fina e Lagarta, entre tantos outros. E foi nesse rolê despretensioso q constatei algumas alterações significativas. Isto numa das poucas regiões ao mesmo tempo selvagens e próximas a urbe, onde o Ibama recentemente soltou uma trinca de pintadas.
Cerca de ano atrás qdo palmilhei td extensão da precária (e pouco conhecida) Trilha dos Desbravadores antiga vereda biker q interliga a SP-98 a Casa Grande uma óbvia ramificação, no final, despertara minha atenção pela direção q tomava, ou seja, sul. Por falta de tempo e oportunidade, a idéia de percorrê-la acabou sendo sepultada e esquecida, deixando no ar a duvida de seu trajeto. Pois bem, esta curiosidade foi sanada num fds dias atrás. E o q resultou disso foi um circuitão selvagem com pernoite q percorreu nascentes e afluentes do Rio Sertãozinho, alternando antiga estrada, travessia de rio, picada extrativista e algum vara-mato. E q culminou num pitoresco e divertido boteco-arco-iris-capiau, o Bibar…
O Pico Paraná é o teto do Paraná, a mais alta montanha do estado, uma sentinela avançada que se levanta abruptamente da planície litorânea de Antonina. Localizado na Serra dos Órgãos. É o nosso Everest, podendo até ser comparado com ele, como veremos nesta história: O Everest e o Pico Paraná foram descobertos à distância, por levantamento trigonométrico; estavam até então inexplorados; foram escalados por expedições, após árduas e apaixonadas tentativas de montanhistas; receberam batismo pelos seus descobridores (aqui uma exceção, o Everest é chamado pelos tibetanos de Chomolungma Deusa-Mãe do Mundo e pelos nepaleses de Sagarmatha Fronte do Oceano ou Deusa do Céu). Em homenagem ao seu descobridor George Everest, o inglês que chefiou o Grande Levantamento Trigonométrico da Índia, em 1817, foi denominado Everest.