Paquistão volta atrás em proibição e permite que os Sherpas nepaleses entrem no país

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O governo paquistanês, que havia proibido a entrada de sherpas nepaleses no país devido ao alto número de casos de Covid-19 no Nepal, voltou atrás essa semana. O país passou a aceitar a entrada dos trabalhadores de montanha com algumas restrições. Montanhistas que passaram pelo Nepal durante essa temporada de primavera também estavam proibidos de entrar no Paquistão.

Cordilheira do Karakoram no Paquistão.

Além de controlar as taxas de contágio, essa decisão também ajudaria as agências e guias paquistanesas. Todavia a proibição gerou polêmicas, e montanhistas como Mingma G, Nirmal Purja e Chhang Dawa Sherpa, além das agências nepalesas, que foram as principais responsáveis pelo cume do K2 em 2020, cancelaram suas expedições quase às vésperas da temporada.

No entanto o governo paquistanês voltou atrás e decidiu abrir exceções para aceitar esses montanhistas. O Paquistão criou um documento com novas regras e afirma que “os carregadores de grandes altitudes do Nepal são essenciais para as expedições de montanhismo em grandes altitudes”.

De acordo com os novos protocolos é necessário que cada sherpa esteja cadastrado em uma agência, apresente certificado de vacinação , PCR negativo inferior a 72 horas ao entrar no país e faça a quarentena obrigatória de dez dias.

A principal temporada de alta montanha no Paquistão ocorre durante o verão, entre os meses de junho e setembro, no hemisfério norte. Essa é a época ideal para as escaladas dos oito mil metros na Cordilheira do Karakoram.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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