Perrengue, emoção e glória: Minha subida ao Olimpo

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Meu nome é Hanry, mas sou também conhecido como “Moisés” por estar sempre com um bastão de trekking ou um cajado….


Eu sempre quis subir o Olimpo, no Parque Estadual do Marumbi, mas minha falta de condicionamento físico (estava a 2 anos parado por causa de um acidente em um muro de escalada..) e certo desconhecimento sobre como era o relevo da região e como era a trilha até o cume do Olimpo fizeram eu passar por uns perrengue bem terríveis!

Mochilas preparadas, tudo nos conformes, pé na trilha!

Dia 21/02/2009, 5 da manhã, já de café da manhã tomado, mochilas na sala da casa e montanhista preparado, começou o 1° perrengue: acordar meu cunhado para me dar uma carona até a Rodoferroviária de Curitiba.

Depois de um monte de xingamentos e maldições proferidas pelo meu cunhado ( ele tinha se oferecido para me ajudar no dia anterior…&nbsp, cara mais traíra) cheguei na rodoviária.

Começou o 2° perrengue: sábado de carnaval, rodoviária cheia até o teto de pessoas querendo chegar ao litoral e eu com 2 mochilas, saco de dormir, isolante térmico e barraca no meio da confusão. Consegui embaraçar finalmente.

O pior é que era para eu ter descido em Porto de Cima, mas cochilei no ônibus e fui acordar em Morretes!

Pagar um taxi até Porto de Cima? Sem chance! Tava com o dinheiro contado para a volta.

Lá fui eu com mais de 30 Kg de material nas costas de Morretes até o Parque Estadual do Marumbi.

Paradinha básica na estação Engenheiro Lange por causa da chuva, uma conversa intelectualmente estimulante com o senhor que cuida da estação e finalmente depois de uma curta caminhada, o Parque!

No parque conheci três pessoas muito legais: Clarice, Patrícia e Cesar Henrique, que tinham vindo pelo Itupava. Conheci um “hippie” muito gente boa, o Felipe, mais conhecido como “Royal”, um cara que todo mundo chamava de “Morto” e outro chamado “Cabelo”.

Domingo, 22/02/2009: o dia que atingi o Olimpo, depois de demorar 4:40 horas para chegar no cume, a visão magnífica da região, o vento batendo no meu rosto, o sol me queimando as costas e a sensação de liberdade. Não existem palavras para melhor descrever isso do que Liberdade.

Na descida, mais perrengue: estava sem comer desde manhã, e fui pedir um pedaço de rapadura para o “Royal”. Por que fui fazer isso? Deu um “revertério” grave e fiquei quase 1 hora parado sem conseguir me mexer por causa da queda de pressão!

Agradeço ao “Royal” e ao Bruno, um cara de outro grupo que tinha subido o Olimpo pela trilha Noroeste (eu fui pela Frontal) que me ampararam na descia até o parque. Pegamos a maior chuva, depois no acampamento deu uma ventania forte e as varetas da minha barraca quebraram e tive que fazer um conserto de emergência, fiquei esgotado, mas tudo valeu apena!

Ainda voltarei um dia para o alto do Olimpo, só que agora, mais bem preparado!!!!!

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