Às 5 a lua reflete, pela metade, seu brilho branco no azul esmaecido do céu. Como não está frio, visto apenas um moleton de fleece pra ir ao banheiro.
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Com um pouco de tempo, disposição e criatividade, podemos tornar passeios domésticos de um dia em aventura de final de semana . É o caso da conhecida travessia q sai do vilarejo de São Francisco Xavier e vai ate a mineira Monte Verde. Tradicionalmente feita em 10km pela Trilha do Jorge, antigo trilho tropeiro q fazia a ligação das fazendas das Gerais (MG) e o Vale do Paraíba (SP), pode ser perfeitamente emendada com sua variante oriental, a Trilha Sta Cruz, saindo (ou voltando) da fazenda homônima. Temos assim um circuitão semi-pesado p/ 2 dias, q começa e termina na pacata SF Xavier, subindo a Mantiqueira em meio à exuberante Mata Atlântica.
Longe da muvuca dos arredores de Natal (RN), bem + ao norte existem quase 250km de praias c/ características bem diferentes de Genipabu, Pta Negra ou Pipa. É a chamada Costa do Sal (ou Costa Branca), em alusão às salinas de seu trecho final. Lá, dunas alvas e falésias coloridas se derramam sobre praias desertas banhadas pelo mar turquesa ou por eventuais mangues, sítios arqueológicos, bodes ou jegues aparecem subitamente pela areia, e vilas de pescadores perdidas seguem tranqüilamente sua rotina s/ fila alguma de ônibus de excursão, bugueiros, lixo na orla ou resort próximo. Emoldurado nesta exótica paisagem é possível uma pernada de 5 dias puxados, indo de Touros ate Areia Branca, quase divisa c/ Ceará. Só assim, caminhando sob sol forte este selvagem e menos conhecido do litoral potiguar, entende-se pq ali é o único pto do mapa no qual a caatinga retorce seus galhos à beira-mar c/ rara beleza.
Ninguém sabe ao certo quando foi que o homem começou a escalar as montanhas. Todavia, sabe-se que o fascínio que as montanhas exercem sobre o homem é antigo.
A Serra da Bocaina, porção generosa de mata atlântica localizada entre SP e RJ, sempre foi sinônimo de Trilha do Ouro. Porem, a idéia corrente disseminada pela mídia é q havia somente àquele caminho centenário. Errado. Na época colonial, a Bocaina era gde demais pra se resumir apenas a UM caminho, havia sim um emaranhado de caminhos (oficiais ou não) q alem de descer a serra, serviam de ligação entre as movimentadas cidades e vilarejos no auge do ciclo do Ouro. Um deles é a Trilha do Rio Guaripu, travessia de mais de 53km q em 3 dias percorre quase transversalmente à sua variante + famosa, sentido nordeste. Sai de Campos Novos de Cunha, atravessa a exuberante e intocada Mata Atlântica, cruza com o Mambucaba e conclui em Arapei.
Isso não é duelo de santos, mas sim uma constatação. Todos já sabem que o Estado de São Paulo, por uma questão geomorfológica, é desprovido de locais de escalada em quantidade, entretanto, ao se falar de qualidade, a cidade de São Bento do Sapucaí concentra as melhores escaladas paulistas, desde o boulder até o big wall.
Eu e o Elcio Douglas Ferreira decidimos aproveitar o feriado de 7 de setembro de 2007 para fazer a travessia Quiriri – Monte Crista e pouco antes do amanhecer estacionamos o carro na divisa do Paraná com Santa Catarina, no pátio de um comércio a margem da rodovia, e iniciamos a subida da Serra do Quiriri com as cargueiras nas costas.
Há tempos q desejava conhecer os famosos Campos do Quiriri, imponente cadeia montanhosa numa Serra do Mar menos conhecida na divisa do PR e SC. Desconhecida p/ pessoal da região sudeste, pois o local q abraça este enorme planalto c/ respeitáveis picos interligados são playground habitual da galera montanhista do sul. E sendo nossa 1ª incursão à região, a idéia era realizar a travessia + conhecida, a Araçatuba-Monte Crista, em apenas 3,5 dias, tempo hábil q dispúnhamos. Qta pretensão a nossa. Vários fatores – principalmente adversidade do terreno e péssimo tempo – limitaram à mesma somente ate a metade. Entretanto, a aventura de descortinar estes novos horizontes de campos de altitude de vistas longínquas, pipocados de cachus, florestas de pinus e blocos de pedra em meio a gdes montanhas, apenas instigaram + a vontade de lás voltar e perscrutar as varias outras possibilidades q a majestosa Serra do Quiriri oferece.
Planejar caminhadas com amigos…
Arrumar uma mochila…
Andar por florestas, campos, vales, cristas, cumes…
Observar cenas raras, paisagens incríveis…
Sentir uma paz indescritível…
E foi assim que decorreu a maior parte da travessia realizada entre a Pedra da Tartaruga e o Monte Crista (Quiriri), mas prefiro enfatizar aqui o que é preciso saber para refletir, parar de falar e quem sabe, agir.
Por Bárbara Pereira com fotos de Elcio Douglas
A travessia interestadual morro do Araçatuba (PR) Monte Crista (SC) ainda é pouco conhecida do público montanhista. Comparando-se com outras travessias em montanha no Brasil, percebe-se que ela é uma das mais longas, se não a mais extensa, com cerca de 60 km de trilha. Todas as histórias anteriores relatavam que as equipes levaram 4 ou 5 dias para completar seu percurso. Completar a travessia em tempo recorde foi um desafio que encheu os olhos do Elcio, disposto a realizá-la em 3 dias, ou quem sabe menos.