Ministério Público realiza audiência e visita técnica no Parque do Monge

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O Parque Estadual do Monge, localizado nas adjacências do município da Lapa – PR, está fechado para revitalização desde 2009. Após sucessivos atrasos ele será entregue para a população incompleto. Com o objetivo de ouvir a população que frequenta o Parque e também de fiscalizar esta polêmica obra, o Ministério Público Estadual conduziu uma audiência pública e uma visita técnica nesta unidade de conservação. Infelizmente a escalada continua proibida por lá.

A audiência pública sobre a revitalização do Parque do Monge ocorreu na última sexta-feira, dia 12 de Dezembro. Nela, diversos cidadãos e entidades que representam moradores, praticantes de esportes e religiosos estiveram presentes. Para os escaladores esta audiência representava a esperança que o esporte pudesse voltar a ser praticado no local. Assim como o voo livre e outros esportes proibidos desde então.

O Parque estava fechado desde 2009 para que houvesse a recuperação ambiental, pois ao invés de abrigar a vegetação original da região (os campos gerais) abrigava reflorestamento de pinus e eucalipto. Desde esta época não é mais permitido a escalada. Em 2010, a Federação Paranaense de Montanhismo (FEPAM) protocolou um projeto de rever o esporte no local, dando argumentos científicos que desmistificavam que a rocha dali, um arenito bastante silicificado, seria impróprio e perigoso para a escalada.

Sem ter um corpo técnico para avaliar, o documento foi encaminhado à Mineropar, órgão estadual que cuida das lavras e geociências no Estado do Paraná. Os técnicos deste órgão deram um parecer parcialmente favorável ao projeto, ou seja, seria possível escalar em diversos setores, mas não nos locais onde há peregrinação.

Presentes tanto na audiência, quanto na visita pública, escaladores locais e membros da federação, não tiveram respostas sobre o projeto. E ao que parece a escalada no Monge ainda está longe de ser retomada. De acordo com os técnicos do IAP, a prioridade agora é reabrir o parque e atender as exigências do ministério Público. De acordo com o MP, a venda da madeira retirada de dentro do Monge gerou uma renda de cerca de 7 milhões de reais ao IAP. Este valor não contabiliza os juros e correções dos últimos 5 anos. O gasto total do IAP na recuperação do parque foi de apenas 1,5 milhão. Deste total, não foi distinguido qual parte foi destinada a pagamento de honorários e projetos e qual foi efetivamente gasto na estrutura atual, que será entregue no dia 19.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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