Abrigo de montanha desaba nos Alpes após derretimento do gelo

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O famoso abrigo de montanha Bivouac de La Fourche, localizado no sopé do Monte Maudit no maciço do Mont Blanc desabou no último dia 24/08. A construção feita em madeira, pedra e metal caiu por cerca de 300 metros e ficou totalmente destruída. Acredita-se que o calor excessivo e o derretimento do gelo tenha afetado a base onde a pequena casa estava construída causando o desabamento.

A pequena casa abrigava montanhistas que tentavam chegar aos cumes da região

A modesta construção foi feita a cerca de 3.670 metros na encosta da montanha no ano de 1935 para abrigar escaladores que procuram chegar aos cumes da região. O local foi reformado duas vezes, nos anos de 2008 e 2014.  Todavia, na última semana a base onde a pequena casa estava instalada cedeu e caiu.

Nos últimos meses a construção foi interditada devido à instabilidade do local. Assim, ninguém ficou ferido após o desabamento. No entanto, as equipes de resgate sobrevoaram o local para tentar localizar alguma vítima e registraram imagens dos destroços do abrigo.

O abrigo de Montanha Bivouac de La Fourche foi mais uma vítima do aumento das temperaturas e da seca nos Alpes. No entanto, o aquecimento global também tem afetado outras regiões do mundo, como as Montanhas Rochosas no Canadá. O Alpine Club of Canada (ACC) desativou e removeu o refúgio Abade no inicio do ano. Após um século de construção resistindo a neve e tempestades a pequena casa de pedra não resistiu ao calor excessivo.

Refúgio Abade no Canadá antes de ser desmontado.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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