Em 9 de maio último a Federação Paranaense de Montanhismo, FEPAM, reuniu interessados para discutirem o problema da abertura e manutenção de trilhas em montanhas do Paraná. Em princípio o tema é relevante em função dos rumos que estas atividades vêm tomando nas mais frequentadas montanhas da Serra do Mar, mas fica a dúvida se não seria mais produtivo e urgente tratar antes das questões de Máximo Impacto que ameaçam nossas montanhas.
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Ouvi dizer que a escalada começava atrás do cemitério e também que, em outros tempos, o Henrique Paulo (Vitamina) Schmidlin havia se aventurado sozinho pela encosta leste sem, no entanto, alcançar o cume.
Apelidos foram coisas sérias no Marumbi de outrora e em determinada época até mereceram elaboradas cerimônias de batismo. Geralmente derivados de fatos ou associações cômicas eram depois assumidos com certo orgulho pelos batizados. A nova identidade conferida pelo ritual os fazia sentir-se aceitos e perfeitamente integrados a comunidade montanheira.
Saindo da mata fechada, escura e úmida onde poucos raios de sol atravessam o compacto dossel superior da floresta, começam os campos de altitude numa explosão súbita de luz e calor. A subida é árdua até este lugar e muito mais exigente será adiante porque é apenas o início da rampa do Camapuã, mas os largos horizontes serranos já estão visíveis desta ampla laje de pedra escurecida, desnuda e aquecida pelo sol.
Montanhismo é um termo genérico usado para definir muitas das atividades possíveis em meio à natureza, do simples excursionismo a escalada mais radical. É uma invenção relativamente moderna que acompanhou a urbanização das sociedades, surgido talvez da necessidade que algumas pessoas sentem de se manter conectados ao ambiente natural em contraposição ao artificialismo das cidades em que vivem o cotidiano.
Existem muitas razões para explicar o porquê dos brasileiros desistirem com maior frequência que outras nacionalidades quando o assunto é alta montanha nas expedições de empresas e similares.
Na escalada do Pico X chamei a atenção do grupo para a silueta aguda do Morro do Bico Torto no esporão litorâneo ao sul da Torre da Prata, e no cume do Boa Vista aquela imponente formação rochosa voltou a me seduzir. Tratei de identificá-lo na carta planialtimétrica entre o Morro da Furna e o Morro Alto, numa cumeada paralela a rodovia PR508 (Alexandra-Matinhos) com acesso pelo quilômetro 20, onde nasce uma antiga e abandonada estrada rural rumando para o meio da serra na direção oeste.
Findas as festas do natal de 2013, os amigos seguem para os Andes escalar o Licancabur e o Llullaillaco na distante fronteira Argentino-Chilena sem mim que desta vez escolhi a direção oposta influenciado, pouco é verdade, pelas pressões familiares.
– Se passar mais este fim de ano longe de casa nem precisa voltar!
Ao descer pela BR 277, de Curitiba para Paranaguá na reta que antecede os viadutos, da paisagem se destaca uma sugestiva montanha que muito interessou o Giancarlo (Cover) Castanharo no início do ano dois mil.
– E aí, alguém já subiu esse na Serra do Azeite?
Com esta pergunta acompanhada de foto publicadas no facebook começou de modo totalmente despretensioso a mais rápida decisão para escalar a montanha mais desconhecida que tenho notícia.