Sobre o Autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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A Gruta de Santa Luzia
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Mesmo sendo um dos municípios com maior densidade demográfica e urbana da Região Metropolitana de São Paulo, Mauá guarda uma desconhecida e curiosa Área de Proteção Ambiental. É o “Parque Ecológico da Gruta de Santa Luzia”, que também atende pelo nome de “Parque Nascentes do Tamanduateí”. Criado em 1975 pra preservar não apenas a dita cuja como também o remanescente de Mata Atlântica, o lugar ainda tem uma pitoresca gruta envolta em lendas, uma enorme pedra repleta de misticismo e muitas trilhas interessantes pra palmilhar. Uma que inclusive alcança o ponto culminante desta bucólica área de conservação. Eis aqui minhas impressões desta grata surpresa natureba situada no miolo do Grande ABC, num rolê de meio período que foi além do mero “passeio no parque”.

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A trilha da Palmeira
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Não deu nem dois meses do rolê numa vereda a margem da antiga “E.F. Sorocabana” que lá estou novamente afim de fuxicar outro caminho que se embrenha dentro da “Reserva Florestal do Morro Grande”, região de Cotia (SP). Disposto a aproveitar mais um dia claro de calor e sol, de preferencia com um refrescante tchibum, desta vez andamos um pouco mais pela ferrovia até a “Trilha das Palmeiras”, também conhecida como “Picada do 106”. Um rolezinho de menos de 20kms que emenda asfalto, estrada de chão, trilho, trilha e muito brejo, mas que nos leva a isolados balneários naturebas do espelho d’água da Represa Pedro Beicht.

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O circuitão das Tartaruguinhas
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Rios acima do nível normal devido a chuva no dia anterior, tempo terrivelmente instável, chão traiçoeiro esfarelando sob nossos pés, apoios sensíveis e quebradiços ao mero toque e vara-mato por encostas tão íngremes qto espinhentas. Não bastasse, escalada exposta num paredão liso de quase 20m com uma cachu furiosa caindo do lado, quase lambuzando nosso cangote! Pois é, o que era pra ser apenas um programa sussa de vistoria da “Trilha das Tartaruguinhas” – vereda que interliga o Rio das Areias ao Rio Vermelho, tornou-se uma perrengosa aventurinha por conta das condições adversas impostas. Roteiro já relatado noutras ocasiões, eis a “Ferradura do Rio Vermelho”, via Tartaruguinhas, em sua versão pauleira!

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A cachu do Belval
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Situado as margens da Rod. Castelo Branco, o Jardim Belval é um pacato bairro de Barueri (SP) cuja origem remonta a um loteamento que se desenvolveu com a chegada da EF Sorocabana. Contração carinhosa de “Belo Vale”, o bairro ainda surpreende fazendo jus ao nome, embora sua urbanização tenha sepultado boa parte de suas belezas naturais. Eis mais uma brincadeirinha matinal, breve e sussa que, bem no meio da cidade, revela uma bela queda cercada de muito verde. Aliás, local que por pouco não se tornou área de proteção ambiental e cujo nome teria sido “Parque Natural Municipal Cachoeira do Belval”.

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A Trilha do 105
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Meses atrás realizei um “ferrotrekking” de Caucaia do Alto até Aldeinha pelo miolo da “Reserva Florestal do Morro Grande”, paraíso ecológico repleto de mananciais responsáveis pelo abastecimento de Sampa. Ao largo dos 20kms percorridos não pude deixar de reparar nas inúmeras picadas nascendo da ferrovia, indo em todas as direções. “Pra onde essas trilhas vão dar?”, foi o pensamento que ficou. Pra sanar essa dúvida retornei lá pra xeretar picada por picada, afim de mapear esses caminhos que tanto poderiam dar em nada como levar a alguma surpresa natureba, tipo cascatinha, remanso lacustre ou até um acampamento caçador. Este é o primeiro breve relato dos vindouros rolês nesta enorme mancha verde, repleta de mata nativa e bichos silvestres a apenas uma hora da Metrópole.

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A Pedra do Carcará
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Na ocasião dum tchibum na “Cachu da Comporta”, coisa de meses atrás, um local comentou dum morro relativamente próximo que despertou meu interesse. O nome era “Pedra do Carcarᔠe foi lá mesmo que fui meter as caras num domingão preguiçoso sem nada pra fazer. Situado no miolo do serrote florestado que se espicha na divisa de Mairiporã e Franco da Rocha, o acesso aos quase 1030m do seu topo é bem fácil e se dá numa região com sugestivo nome de Campos de São Benedito. Sim, é uma formação rochosa modesta e quase urbanóide, cujo desnível não passa dos 400m mas que demanda vigorosa caminhada de aproximação. Como prêmio, a bela paisagem do alto de sua larga e extensa rampa rochosa assim como de todo quadrante oeste de Francisco Morato.

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A cascatinha do Voturuna
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Alcançar um cume ou topo serrano é sempre algo gratificante, mas atire a primeira pedra quem nunca desejou ter “algo mais” nas alturas, pra acompanhar ou celebrar de forma refrescante uma árdua conquista? Sim, me refiro a presença em abundância do precioso liquido, quase sempre racionado em qualquer rolê com desnível significativo.. água! Pois na Serra do Voturuna ela é encontrada em abundância na cota dos 1.100m de altitude! E o melhor, com direito a cascatinha e pocinho pra tchibum! Eis o relato de mais um bate-volta sussa, refrescante e de cerca de 15km nos arredores de Pirapora do Bom Jesus.

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Travessia Cipó – Pedreira
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Sentinela de Mogi das Cruzes (SP), a Serra do Itapeti é a enorme cadeia montanhosa que se estende sob forma de “mares de morros” desde o nordeste de Suzano até o sudoeste de Guararema. Como o miolo desta respeitável elevação urbana já foi dissecado a exaustão, a ideia desta vez se resumia a um reconhecimento inicial da crista que se espicha do asfalto da SP-088 em direção ao extremo oeste da serra. Isso vingou numa descompromissada brincadeirinha urbana que atingiu o topo do Morro do Cipó e se prolongou até as veredas proibidas (e pouco conhecidas) da Reserva Florestal Pedreira do Itapeti, área de preservação ambiental garantida por uma das maiores fornecedoras de brita do país. Sim, pernada sussa, mas com emoção, no caso, com “trezoitão” apontado em nossa direção.

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A trilha do Bueirão
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Porta de entrada pra Paranapiacaba, Rio Grande da Serra tem atrativos naturebas que passam despercebidos diante sua ilustre vizinha inglesa. Aldeamento que nasceu as margens da São Paulo Railway em 1867, Rio Grande tem pedreiras, morros, riachos e uma gde represa que além de ser braço da Billings leva o nome do maior tributário que tb nomina a cidade. Aproveitando então meio período de um dia de tempo horrível, fui xeretar as rotas que bordejam o espelho d’água supracitado, q nada mais são velhas estradas de manutenção desativadas. Eis um breve circuito por uma tal de “Trilha do Bueirão”, que se não mudar sua opinião de “patinho feio” do lugar, serve ao menos pra outras coisas: caminhar sentindo o cheiro de mato, apreciar com novo olhar o belo sistema Rio Grande e ter noção da real situação da outrora crise hídrica de São Paulo.

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