O Pque Est. da Cantareira é a maior reserva florestal urbana do mundo, q abre pro público uma variedade enorme de trilhas e atrativos em ótimo estado de conservação. Exceto seu pto culminante, situado no alto dos 1220m do Morro do Pavão, onde tb se aloca a pouco conhecida unidade do parque q leva o mesmo nome, a Pavão/Pau Furado. O motivo deste desconhecimento é mais q óbvio: além de figurar como limite serrano oeste, aqui o parque sobre com constantes invasões e o acesso ao morro se dá através duma favela. Este é o relato de nossa jornada ao pto mais alto da Cantareira, detentor duma das vistas mais bonitas da cidade de São Paulo e q emendou uma agradável caminhada de crista até Caieiras.
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Não esperava fazer a travessia Marins x Itaguaré ainda esse ano, minha previsão pra ela era inverno de 2015 pois nesse ano já tinha meu calendário montado, mas fui convidada pelo grupo chamado Exploradores a realiza-la neste feriado do dia do trabalho. Haviam três vagas no carro e eu tratei de chamar meu namorado e meu amigo Thiago Henrique, ambos do grupo cabô cabô.O convite chegou meio em cima da hora, mas não pensamos duas vezes e aceitamos… eu ainda tinha 2 dias para ler relatos e olhar uns tracklogs. Essa é uma travessia muito técnica, e quando você ler em alguns relatos ” alguns trechos de escalaminhadas e desescalaminhadas” não se engane, não são poucos trechos, é quase a travessia toda. A sua mochila vai rasgar em alguns lugares e se você estiver com algo fora da mochila você chegará em Itaguaré sem nada, porque as pedras vão fazendo de tudo uma farofa… Chega de bla bla bla e vamos ao que interessa… o relato.
Foram muitos os caminhos pela Serra do Mar paulistana q se valeram dos contrafortes montanhosos pra escoar a produção de carvão, oriundo da queima da vegetação nativa durante a industrialização da Baixada Santista. Caminhos q hj estão fechados ou parcialmente tomados pelo mato, mas q hj servem pro trânsito de outro tipo de extrativistas: caçadores e palmiteiros. Através destes q tomamos conhecimento do Picadão do Cinco, belíssima vereda q rasga o sertão de Casa Grande (Biritiba-Mirim) em direção a borda serrana. E foi no primeiro reconhecimento desta picada q vislumbramos novos rios, mirantes, quedas e possibilidades de pernadas de vários dias. Um cafundó selvagem encravado entre a Serra do Juqueriquerê e do Guaratuba, onde ainda é possível dar nome aos atrativos naturebas locais.
A trilha sul do Juquery é mais um dos caminhos não-oficiais desta bela unidade de conservação situada em Franco da Rocha (SP). Pouco conhecida, esta via q percorre bela cumeada serrana é proibida, mas não pq ofereça riscos ou esteja sob rigorosa manutenção ambiental. É vetada apenas pq se situa quase fora dos limites e permite acesso alternativo ao parque estadual. Já a percorrera parcialmente noutras duas ocasiões e tirei uma manhã ociosa pra rasgá-la na integra nesta minha sexta visita ao Juquery. Desse rolê despretensioso resultou um circuitinho breve e tranquilo, com direito a tchibum num braço da Represa Paulo Paiva de Castro.
A turmalina é um mineral escuro e bem comum na formação da Serra do Itaberaba, em especial no Morro da Pedra Preta. Ponto culminante de Santa Isabel e ironicamente figurando como Pedra Branca na carta local, a Pedra Preta é o segundo maior pico da escarpada Serra do Itaberaba, abaixo apenas do Pico do Gil, por sua vez teto da Metrópole paulistana. Embora os 1270m do seu topo estejam situados em área particular (ou seja, proibida), o belo visu descortinado do alto é facilmente acessível mediante puxada pernada q se vale da emenda de estradas rurais, picadas de manutenção e trilhas de caçador. Um programa árduo q só não teve pernoite forçado pq o retorno foi pela oportuna Trilha do Fundão.
Cerca de dois meses atrás nos deparamos com uma grata surpresa no meio duma árdua travessia pela Serra do Mar de Bertioga. Era a Cachu do Diabo, queda totalmente selvagem e sem registro algum, q resultou ser a cereja do bolo daquela inesquecível empreitada. Contudo, pelo tempo apertado esta descoberta resultou breve e superficial, deixando o inevitável gostinho de quero mais. Pois bem, foi lá q retornamos neste último domingo, desta vez com logística meticulosamente lapidada pra mero bate-volta de 16kms. Bate-volta puxado em terreno acidentado, diga-se de passagem. Só assim pra conhecer melhor esta maravilha natureba enfiada no miolo do sertão do Rio Guacá.
Saindo de Londrina no dia 13 de Agosto, carregava comigo toda a bagagem que vinha minunciosamente preparando nos últimos meses. Bagagem essa até mesmo de igual ou maior importância que aquela que á poucos minutos havia despachado no check-in da Cia aérea.
Situada a apenas 23km de Londrina, Rolândia é um município norte paranaense q como a maioria das cidades do Terceiro Planalto vive exclusivamente de agricultura. Logo, é natural q sua paisagem seja composta por lavouras de perder a vista, cortadas por trocentas estradas rurais. Destas vias, a mais conhecida é a bucólica Estrada São Rafael, q resolvi colocar pé no chão num belo circuitão “pé-vermeio” de 16km, seguindo os moldes “compostelianos “. No caminho, oceanos de milho e café, focos de mata nativa no Vezeroda, ferro-trekking e um cemitério onde judeus e nazistas repousam lado a lado.
O calor abafado é infernal e não se anda além de poucos metros. Aliás, não se anda. Permanece-se sentado a maior parte do tempo. O sol da tarde cozinha os miolos sem dó, mas o calor da torcida compensa em parte o desconforto. O som em coro da massa inunda os ouvidos a cada jogada no centro do gramado. Sim, não se trata de nenhuma travessia não. É apenas mais um dia de clássico no estádio prestigiando o esporte bretão. Ao lado da São Silvestre, da 25 de Março e da Parada Gay e outras crônicas pitorescas este é mais um relato da série programas urbanos cujo perrengue intrínseco não fica atrás de qq caminhada ilustre por ai.
Em 1986 o mundo fervia com a passagem do Cometa Halley, seja ansioso pelo espetáculo proporcionado como pelo apocalipse q viria junto. O tempo passou, o show celeste deixou a desejar e a humanidade continuou em pé, mas o Halley deixou um legado q coroa os 1185m dum dos maiores picos da Serra do Japi, o observatório Astronômico Kiko de Matheo. Homenageando o maior defensor do Japi, infelizmente da estrutura hj só resta sua carcaça. Ruínas estas que seriam bem acessíveis por trilha sussa de 4kms não fosse ali uma área repleta de restrições. E palmilhar essa vereda resultou no rolê proibido de menos de meio-dia, na condição de pontapé inicial de pernadas pelo guardião de Jundiaí. Programa q contou com retorno pelas nascentes do Ribeirão Japi, no vara-mato.