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O meu Everest…
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Diz o velho ditado: “Ninguém conhece seu corpo melhor do que você mesmo”. Digo isto pra iniciar este “texto revelação” pois dezembro de 2011 notei diversas alterações no meu corpo que me deixavam desconfortável, e por conta disso resolvi investigar, e então utilizo um outro ditado popular pra ilustrar este diferente relato: “Quem procura, acha!”. Eis o resultado…

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Cerro Plata invernal – “O grande ataque”
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Nos Andes meridionais escalar no inverno é bem diferente do que no verão: o clima é muito mais instável e as temperaturas são consideravelmente mais baixas. Nas semanas que antecederam minha viagem para a Argentina acompanhei a previsão do tempo e, nos dias ruins, que eram bastante frequentes, o vento no cume do cerro Plata chegava a 100 km/h, com sensação térmica de -40o C, enquanto que no Aconcagua o vento era de 120 km/h no cume, com a sensação térmica a incríveis -52o C.

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Chapéu-de-Sol
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Alguns minutos antes havia despertado angustiado de um sonho claustrofóbico onde imaginava ter liberado sonora e redonda flatulência, tão densa que flutuava no dormitório como imensa bolha de sabão que crescia desmesuradamente ao invés de se dispersar. Acuado contra o colchão temia a inevitável explosão de metano e enxofre quando subitamente fui libertado pelo soar do despertador e do nada a expressão tomou conta da mente. “Por fora; bela viola e por dentro; pão bolorento”. Talvez tenha relacionado à história a triste sina do inverno curitibano que de tão úmido apodrece a alma e mofa os pensamentos.

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Retorno à Mantiqueira pt2: Pico do Papagaio 2.105m
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Depois do nosso ataque com sucesso ao cume da distante e desconhecida Mitra do Bispo, ou Pedra do Bispo de 2.200 metros de altitude, pedimos informações ao Betinho, nosso sorridente anfitrião mineiro, de como chegar a Aiuruoca de onde estávamos. Da propriedade onde ele mora saía uma estrada de terra que nos levaria direto lá, sem dezenas e dezenas de quilômetros como os que rodamos pra chegar a Alagoa. Dali nos custaria só 17km. Beleza, a aventura continua…

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Climbing trip parte III
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Escalámos uma nova via no Pico Perramó, nas montanhas de Benasque mas, um vento gélido demoveu-nos de continuar até ao cimo da formação (por outra via já estabelecida). Não tinha importância. Estávamos satisfeitos. A beleza da paisagem tinha ultrapassado as expectativas. Cada passada da longa marcha que nos conduziu até ali tinha valido a pena.

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Retorno à mantiqueira pt1: Mitra do Bispo 2.200m
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O Pico Mitra do Bispo é uma montanha pouco conhecida, menos ainda frequentada. Buscando na net ha anos só encontro um, apenas um relato de trekking até o topo da distante montanha, e isso só me apeteceu mais. A vontade cresceu desde 2009 e em 2010 quando eu, Tácio e Victor Carvalho vimos a montanha desde o topo do Pico do Garrafão perto do município de Aiuruoca. A Mitra do Bispo desponta com destaque do solo como um vulcão pontiagudo sendo facilmente identificada a dezenas de quilômetros de distância.

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Pico Paraná – Conquistado há 70 anos
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O Pico Paraná é o teto do Paraná, a mais alta montanha do estado, uma sentinela avançada que se levanta abruptamente da planície litorânea de Antonina. Localizado na Serra dos Órgãos. É o nosso Everest, podendo até ser comparado com ele, como veremos nesta história: O Everest e o Pico Paraná foram descobertos à distância, por levantamento trigonométrico; estavam até então inexplorados; foram escalados por expedições, após árduas e apaixonadas tentativas de montanhistas; receberam batismo pelos seus descobridores (aqui uma exceção, o Everest é chamado pelos tibetanos de Chomolungma “Deusa-Mãe do Mundo” e pelos nepaleses de Sagarmatha “Fronte do Oceano” ou “Deusa do Céu”). Em homenagem ao seu descobridor George Everest, o inglês que chefiou o Grande Levantamento Trigonométrico da Índia, em 1817, foi denominado Everest.

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