Montanhismo vira Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

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O Dia Internacional da Montanha do ano de 2019 será lembrado com mais um marco para história do montanhismo. A atividade de escalar montanhas foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco no último 11/12. A declaração foi feita durante a décima quarta sessão do Comitê Intergovernamental em Bogotá. E essa foi a primeira vez que o Comitê se reuniu na América Latina.

Equipe chegando ao cume do Huayna Potosí – Foto: Gustavo Jordarky

Além do montanhismo também fazem parte da lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade 2019 outras 35 expressões culturais do mundo. Ainda entre elas estão o Bumba Meu Boi do Maranhão no Brasil; o Conhecimento, técnicas, tradições e práticas relacionadas ao cultivo e exploração de Tamareira nos países árabes; o canto bizantino do Chipre e Grécia; e o tiro com arco tradicional da Turquia.

Parceiros de montanha descansando.

Características do montanhismo

Veja alguns pontos citados pela Unesco que ajudaram do montanhismo se tornar um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade:

  • A prática do montanhismo requer ter uma série de habilidades físicas, práticas e intelectuais, além de saber como usar técnicas, equipamentos e materiais, como piolets e crampons.
  • Seus praticantes compartilham uma cultura que integra o conhecimento do ambiente de alta montanha como a história da prática de escalada e seus valores.
  • O alpinismo requer a posse de conhecimento ambiental sobre o ambiente natural das rotas de escalada, mudanças nas condições climáticas e o risco de desastres naturais.
  • O apego de seus praticantes à elegância da escalada, a contemplação da beleza das paisagens e a íntima relação com a natureza.
  • A prática do alpinismo implica a adoção de princípios éticos que se baseiam no compromisso individual de cada alpinista de não deixar vestígios para trás e no dever de fornecer ajuda aos outros alpinistas.
  • O espírito de equipe, simbolizado pela corda, é outro elemento essencial da mentalidade dos alpinistas que, na maioria das vezes, estão agrupados em clubes dedicados a espalhar essa prática esportiva por toda parte.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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