Alguns dos Eventos mais interessantes e importantes da temporada de primavera ocorreram nas encostas do Kangchenjunga (8586m), a terceira montanha mais elevada do planeta, na fronteira oriental do Nepal com a Índia. E um desses eventos está diretamente relacionado com o nosso país.
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Só existem 14 montanhas no mundo com mais de 8 mil metros de altitude, todas no Himalaia. Até pouco tempo, o paranaense Waldemar Niclevicz, que foi o primeiro brasileiro a escalar o Everest, K2 e outras montanhas, detinha o privilégio de ser o brasileiro com mais montanhas desta altitude em seu curriculum. No entanto, nos últimos anos, a amazonense radicada nos Estados Unidos Cleonice Pacheco Weidlich vem realizando diversas ascensões no Himalaia. Cleo, como é conhecida, já esteve em 10 das 14 montanhas, mas diversos cumes que ela afirma ter escalado não são reconhecidos por autoridades no assunto.
Está começando a temporada de primavera no Himalaia, e centenas de expedições estão a caminho dos grandes cumes do Nepal e da China. É hora de darmos uma pinçada no que de principal pode vir a ocorrer na temporada.
O governo do Nepal decidiu aplicar uma redução geral nas taxas de permissão existentes para escalar as grandes montanhas do país, incluindo aí o Everest e as outras montanhas de 8 mil. Algumas pessoas locais criticam a medida, por temer uma maior massificação da montanha.
Medir o grau de dificuldade de uma montanha é sempre relativo. No Himalaia, onde estão todas as montanhas com mais de 8 mil metros do mundo, foi utilizado um índice onde divide-se o número de pessoas que chegaram ao cume das montanhas pelo número de montanhistas que ficaram pelo caminho, chegando assim numa estatística de qual seria a montanha mais perigosa do mundo. As montanhas mais famosas ficaram em segundo plano, confira:
O alpinista Ueli Steck, apelidado de Máquina Suíça, é um dos montanhistas mais conhecidos do circuito de alta altitude, e virou sinônimo de escaladas solo, em estilo extremamente rápido. Em outubro, ele protagonizou uma das ascensões mais incríveis da história, que foi descrita como uma das mais audaciosas e perfeitamente executadas ascensões dos últimos tempos, solando uma nova rota na face sul do Annapurna (Lindsay Griffin, BMC).
Mas teria esta, verdadeiramente, sido uma escalada solo?
Finalizadas as quatro temporadas de escalada na Ásia em 2013 inverno, primavera, verão e outono (esta, praticamente no fim) já é possível fazer compilação preliminar sobre as atividades latinas no maior dos continentes.
Após a publicação, em maio, do Sumário do Montanhismo Brasileiro de 2012, recebi vários e-mails de alpinistas que foram esquecidos na primeira versão do artigo. Assim, surgiu a necessidade de fazer uma republicação, com acréscimos, compilando outras expedições interessantes que ficaram de fora da primeira versão.
O alpinismo é, por definição, uma atividade de risco. O montanhista de alta altitude tem que desviar de rochas e seracs em queda, evitar avalanches, contornar gretas e crevasses, enfrentar ventanias, nevascas e proteger-se de relâmpagos e raios. Não bastasse isso, tem que prestar atenção aos sinais de seu próprio organismo, para se precaver contra o mal de altitude, hipotermia, congelações, edema pulmonar e edema cerebral. E essas são apenas algumas das potenciais causas de fatalidade, há inúmeras outras mais.
Desde um chinês com 11 8000m+ no cinturão até um cozinheiro paquistanês, as vítimas o ataque sem precedentes ocorrido no Nanga Parbat só tinham uma coisa em comum: Estar no lugar errado na hora errada.