Quando estivemos no alto da Pedra da Esplanada poucos meses atrás, outra pedra vizinha nos despertou bastante o interesse pelo seu contorno gracioso e arredondado, detentora de um cume projetando-se mais além e acima de um enorme paredão rochoso. Sim, era o Pico do Garrafão, mas não àquele da Serra dos Órgãos (RJ) ou o de Itamonte (MG). Era o seu modesto homônimo de Mogi das Cruzes (SP) q desta nos chamava até seu largo topo através de sua majestosa face sudoeste repleta de musgo, gramíneas, bromélias e mata nebular, quase mil metros acima do nível do mar.
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Após semanas de tempo desfavorável – no inverno + umido e molhado q se tem noticia – quebrei um jejum de pernadas topando um convite p/ voltar aos arredores da Serra do Mar mogiana, cujos encantos vão alem da tradicional picada q bordeja o Rio Itapanhaú. Dessa forma, num sabadão de sol forte e céu azul, percorremos cristas e encostas forradas de densa Mata Atlântica ate dar na beirada da gigantesca Garganta do Gigante, atravessar a barragem e Rio Itatinga, p/ depois retornar pelo Parque das Neblinas. É a tal Trilha das Antas, circuitão relativamente tranqüilo q alterna picada e vara-mato, e palmilha atrativos menos conhecidos nos limites serranos dos municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga.
Sentinela de Mogi das Cruzes (SP), a Serra do Itapeti é a enorme cadeia montanhosa que se estende sob forma de mares de morros desde o nordeste de Suzano até o sudoeste de Guararema. Como o miolo desta respeitável elevação urbana já foi dissecado a exaustão, a ideia desta vez se resumia a um reconhecimento inicial da crista que se espicha do asfalto da SP-088 em direção ao extremo oeste da serra. Isso vingou numa descompromissada brincadeirinha urbana que atingiu o topo do Morro do Cipó e se prolongou até as veredas proibidas (e pouco conhecidas) da Reserva Florestal Pedreira do Itapeti, área de preservação ambiental garantida por uma das maiores fornecedoras de brita do país. Sim, pernada sussa, mas com emoção, no caso, com trezoitão apontado em nossa direção.
Na carta de Mogi das Cruzes (SP) ela surge como Pico da Esplanada embora pros antigos proprietários locais seja conhecida por Pedra da Laje. Independente de nome, este um dos belos maciços graníticos q afloram no sertão de Biritiba-Mirim cujo topo, situado na cota dos 1050m, é acessível por vereda sussa e breve. Por isso mesmo foi o rolê programado pra levar um ilustre amigo a fim de vencer seu desnível irrisório de 300m, num bate-volta q serviu inclusive pra verificar as condições duma trilha que não pisava faz tempo. Aproveitando tb esta rara facilidade off-road pela região, emendamos até o Casarão do Chá, relíquia histórica de traços q misturam a tradição nipônica com enxerto caboclo e prova irrefutável do encontro cultural entre o Japão e o Brasil.
Ibiporã é um município que dista algo de 17km de sua ilustre vizinha, Londrina, da qual equivale o mesmo q Mogi das Cruzes representa pra Sampa. Situada na sub-bacia do Rio Tibagi, de economia basicamente agrícola e servindo de cidade-dormitório pros seus habitantes, Ibiporã possui dois atrativos naturebas q passam desapercebidos a maioria devido a pouca (ou nula) divulgação q tem: o Morro do Guarani e uma unidade de conservação q leva o nome do município. E foi nestes dois rolês sussas e despretensiosos q encerrei minha breve passagem pela Pequena Londres, deixando até um pitaco oficial às ôtoridades estaduais.
Foi na vontade de realizar uma nova caminhada pela Serra do Itapety que tropeçamos com uma rota, até então inexistente, que foi de encontro direto ao alto da serra, sem necessidade de ter de alcançar a Pedra do Lagarto. Desconhecida, porém oportuna, apelidamos a vereda de “Trilha do Caçador” por razões óbvias. Bem roçada pelo extrativista ilegal, ela leva não só até um poleiro de tocaia como tb ao seu acampamento improvisado. Pra finalizar este rolê exploratório de puxados 20kms (e desnível de quase 400m), esticamos até a nova linha de torres de Furnas, recém-instalada na crista do “Guardião de Mogi das Cruzes”, passando pelo pitoresco rochedo chamado de Toca da Onça, situado no pto mais alto da serra.
Distrito afastado de Mogi das Cruzes (SP), César de Sousa tem setores onde a urbanização inexiste e quem reside lá se vira como pode, com recursos mínimos, em meio ao mais puro mato! Homenageando um engenheiro-chefe da EF Central do Brasil e carinhosamente chamada de Selva de Souza, deste pacato bairro mogiano parte uma agradável pernada que palmilha a modesta cumeada serrana do seu entorno. De enxutos 16km e terminando na simpática Sabaúna, esta breve travessia descortina pitorescos rochedos como a Pedra dos Bandeirantes, da Baleia e da Mesa, além de mirantes q revelam um novo olhar desta região q, geograficamente, divide a bacia do Alto Tietê do Vale do Paraíba. Entretanto, é uma pernada q tb tem seus dias contados.
Qdo empreendi o saudoso ferro-trekking Mogi-Guararema, uma estação do trajeto despertou minha atenção pelo charme q destilava. Era a Estação Sabaúna, q por puro desconhecimento e falta de tempo não pude me estender em maiores explorações dos atrativos do município em q se está inserida. Mas cá estou outra vez retornando a Sabaúna pra matar essa desfeita, mas não mediante trilhos férreos e sim duma emenda de caminhos picadas extrativistas e estrada de chão saindo do seu extremo sul, as margens da Estrada do Rio Acima. O resultado é uma breve travessia q rasga o vale q abraça as nascentes do Ribeirão Putim, e inclui as refrescantes Cachus do Bernardino e de Sabaúna. Uma pernada semi-rural de menos de 18km ideal prum dia quente de verão q descortinou uma face menos conhecida deste pacato distrito situado ao norte de Mogi das Cruzes. E q, neste caso, terminou com um inesperado showzinho erótico.
Guararema é uma simpática cidadezinha vizinha de Mogi das Cruzes q se caracteriza por preservar seus tesouros coloniais e antigas tradições. Situada as margens do grande e esverdeado Rio Paraíba do Sul, Guararema tb tem alguns encantos naturebas q podem ser conhecidos numa breve e tradicional travessia local. Uma pernada de menos de 18km q visita os 50m de queda da imponente Cachoeira do Putim, pra depois atravessar a serra em direção dos monumentos megalíticos do Pq Mun. da Pedra Montada, passando pela pitoresca Pedra do Tubarão. Uma caminhada tão curta qto fácil q revela uma faceta pouco visada desta região do Alto Tietê.
Reza a lenda q Bernardino era um antigo fazendeiro, dono de boa parte das áreas de reflorestamento do setor leste de Sabaúna (Mogi das Cruzes), q elaborou um intrincado emaranhado de vias extrativistas q percorresse sua extensa propriedade. Pois bem, foi justamente uma vereda q leva seu nome q percorremos neste ultimo fds e – emendada com estrada de chão e um trechinho issrisório de vara-mato – resultou numa curta travessia q partiu do bairro rural de Sta Catarina e findou na pacata Luis Carlos. Totalizando em torno de 20kms bem andados e tangenciando o limite de três municípios (Biritiba, Mogi e Guararema) eis uma pernada semi-selvagem com direito a cachu, ruínas pitorescas e largos visus desta regiâo nada conhecida do Alto Tietê.