Não deu nem duas semanas afastados da Serra de Itapety q logo nos embrenhamos novamente por suas tortuosas entranhas. Respeitável elevação forrada de verde q guarda Mogi das Cruzes a seus pés, a Itapety é uma daquelas serras domésticas q pouco caso se faz quiçá devido pela sua proximidade à urbe. Entretanto, explorando suas suaves escarpas c/ um pouco mais de disposição e desprendimento é possível descobrir novos trajetos trekkeiros em meio a densa e úmida vegetação, coroados de belos e improváveis mirantes rochosos q além de dar novas panorâmicas da região, corrobora a velha tese de q a Itapety tem atrativos q vão alem do seu ilustre pto culminante, o Pico do Urubu.
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&ldquo,Nem só de pão vive o homem&ldquo, diz um velho ditado, q igualmente se aplica ao trilheiro. Seja pela curiosidade como falta do q fazer, pela logística fácil e escassez de boas idéias &ldquo,montanheiras&ldquo,. Ou até mesmo tds esses motivos agregados – principalmente qdo a grana ta curta – às vezes tb movem este q vos escreve a programas tradicionais mais batidos e sossegados. Programas como o Pico do Urubu, situado na Serra de Itapety e pto culminante de Mogi das Cruzes, de onde se tem magnífica visão das cidades do Alto-Tietê, Vale do Paraíba, Mantiqueira, São Paulo e da Serra do Mar. Através de caminhada sussa de menos de 2hrs e cerca de 350m de desnível, o Pico do Urubu tanto proporciona um bate-volta ideal pra matar o tempo a tiros de &ldquo,trinta e oitão&ldquo, como pra iniciação de novatos na salutar arte das pernadas.
A Pedra da Esplanada é um enorme domo rochoso cuja longa e abaulada crista se espicha no sentido leste-oeste 1050m acima do nível do mar, elevando-se acima das encostas verdejantes da Serra do Mar ao sul de Biritiba-Mirim, limite municipal de Mogi das Cruzes. Pouco conhecida e com belíssimo visual, alcançar seu cume não demanda nem uma hora de pernada tranqüila. Contudo, chegar à base da montanha é relativamente complicado por se situar dentro do emaranhado de &ldquo,estradas-de-chão&ldquo, do enorme reflorestamento pertencente à Suzano Papel & Celulose, onde raramente circula alguém e mto menos há transporte publico.
Três dias depois de ter percorrido a Trilha do Mogi voltávamos novamente à Paranapiacaba. Não tem jeito. A serra tem uma tendência a nos chamar. Porém nosso propósito é outro: subir ao alto do Pico do Itaguacira, tb conhecido como Pedra Grande de Quatinga, com as precárias infos q dispúnhamos e uns poucos pontos plotados pelo GPS do Nando. Diz a lenda q o Pico de Itaguacira (pedra afiada, em tupi-guarani), um enorme granito de 1196m encravado no alto da Serra do Mar, é o pto mais alto de Mogi das Cruzes e tem varios acessos partindo de Paranapiacaba, porem pouco conhecidos. Bem, era ver pra crer.
Ao contrario do q possa parecer, a Serra do Mar q circunda Mogi das Cruzes não apenas nos brinda com fundos e verdejantes vales repletos de rios e cachus de água límpida. A região tb oferece uma contrapartida q aponta pro céu, de gdes alturas e bela vista do litoral. São picos e pedras q destoam do manto verde esmeralda no alto da serra. Um deles é a Pedra do Sapo q mediante uma trilha relativamente fácil, nos proporciona impressionante panorâmica de Bertioga do alto de seus 990m. Mas td q é fácil pode ser dificultado. Dessa forma, emendando varias picadas sucessivas completamos uma grande travessia de quase 20km q circunda o imponente monólito rochoso, q alem do visu oferece um agradável e diferenciado programa de fds, ideal prum belo dia de sol.
Nem deu um mês após nossa primeira incursão à pequena vila localizada nos cafundós de Biritiba-Mirim (Mogi das Cruzes), cujas inúmeras possibilidades de programas naturebas encheram nossos olhos logo de cara, q imediatamente agendamos visitação (após alguma burocracia) às dependências internas da mesma, um antigo complexo da Sabesp localizado num pto privilegiado no alto da Serra do Mar mogiana.
Casa Grande é uma localidade em Biritiba-Mirim (Mogi das Cruzes) da qual apenas ouvira falar faz algum tempo, na Região Metropolitana de São Paulo, há 94 kms da capital. A pequena vila na verdade é um complexo da Sabesp inaugurado em 1939 q , alem de abrigar hippies na década de 60 após sua desativação, detém uma localização privilegiada no alto da serra e está repleta de atrativos naturebas. Estes vão desde vários remansos bucólicos, poços e cachus dos rios cristalinos, belos visus do litoral e até caminhadas q descem ate Bertioga. E foi lá q tivemos um bate-volta apenas pra sentir o gostinho deste desconhecido rincão próximo à urbe. Um pto prolífico pra futuras incursões localizado no centro da Serra do Mar mogiana.
O Rio Sertãozinho nasce em Biritiba-Mirim (Mogi das Cruzes) e desce a serra sinuosamente, formando várias quedas até desaguar no Rio Guacá, maior tributário do Itapanhaú. E foi justamente os arredores deste trecho encachoeirado q fomos explorar neste último sábado de sol. Descendo pela tradicional Trilha do Itapanháu (Mogi-Bertioga) até a bela Cachoeira do Elefante, subimos a serra novamente ora pelo rio, escalaminhando os paredões da cachu, saltando pedras ou mesmo chapinhando pela água, ora varando mato por íngremes encostas forradas de espessa Mata Atlântica. A meio-caminho reencontramos a picada inicial p/ dali retornar por um afluente do Sertãozinho, o Rio das Pedras, num lugar onde o mesmo despenca verticalmente serra abaixo numa impressionante garganta c/ sucessivas cachus. Um circuitão de 700m de desnível q descortina novas paisagens desta deslumbrante e selvagem Serra do Mar mogiana.
A Serra do Mar q circunda os arredores de Mogi das Cruzes (SP) realmente esta cheia de belas surpresas. O Rio Sertãozinho, por exemplo, nasce em Biritiba-Mirim, desce a serra formando varias quedas até desaguar no Rio Guacá, q por sua vez é + um tributário do majestoso Rio Itapanhaú. Contudo, antes de singrar td este trajeto, o Rio Sertãozinho oferece um raro espetáculo natural, a Cachu da Pedra Furada, possível de ser apreciado mediante breve caminhada em meio à exuberante Mata Atlântica. E lá me vejo novamente topando + um irrecusável convite da animada galerinha Pé na Lama afim de conferir de perto + este belo show natureba, neste recanto escondido da serra mogiana.
Fotos: Milena Rabello, Barbara Pereira e Claudio Luciano
Lista em construção com os maiores ascensionistas brasileiros em montanha com mais de 6 mil metros nos Andes.