Este é um dos menores dos parques brasileiros, onde você encontrará a bela natureza típica do Espinhaço, com trilhas em campos rupestres, montanhas cênicas, cachoeiras em paredes estriadas e delicadas grutas sedimentares. Você também irá se surpreender com a ótima conservação e sinalização deste precioso parque.
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Distante quase 400km de São Paulo, Lavras é um município brasileiro da região do Campo das Vertentes, sul de MG. Seu nome remonta as grandes quantidades de ouro e pedras preciosas encontradas no século 18, que impulsionaram não apenas a economia como o desenvolvimento da região. Mas não apenas isso, pois Lavras também é ponto de partida de uma longa caminhada que percorre a cumieira de campos de altitude sul mineiros e finda na badalada Carrancas. É a “Travessia Z”, cujo trajeto tem o formato da última letra do alfabeto, contabiliza quase 70kms e demanda 4 dias bem andados. Pernada de fácil navegação que não apenas se vale da emenda de cristas sucessivas, trilhos de vaca e um pequeno trecho da Estrada Real; é uma travessia que abraça boa parte dos atrativos naturebas da região, como cânions, cachus, picos pitorescos e o imperdível cenário alienígena de Sete Pedras.
Você já leu sobre o conceito de montanha na coluna anterior. Conhecerá agora o coletivo das montanhas, que são as serras e as cordilheiras.
Esta coluna continua a série iniciada com o tema da proeminência. É a primeira coluna onde comento sobre acidentes geográficos. Claro que tinha de começar pelas montanhas.
O sistema de classificação de trilhas no Brasil, pelo menos o vigente até 2017, carrega equívocos que foram se acumulando…
Nova Santa Bárbara é um pacato município norte paranaense que dista 80km de Londrina que nasceu como antigo ponto de apoio tropeiro. Seu nome original era Água do Sabiá mas mudou pra Santa Bárbara porque os antigos proprietários das maiores glebas eram devotos da santa. Situada às margens da PR-090 e banhada pelo Rio Tigre, é num afluente deste que se encontra seu maior atrativo natureba, o Salto do Caratuva, um conjunto de quedas de quase 20m de desnível. Foi este belo e refrescante atrativo do Rio São Jerônimo que fomos conhecer num dia quente de outono, numa pernada tranquila que totalizou cerca de 15kms bem andados.
Acho que a primeira vez que soube do Garrafão foi ao olhar pela janela dos fundos da extinta Pousada Alsene, nos altos do planalto de Itatiaia. Naquela época, o hoje geógrafo Maury Santos era um dos mais frequentes montanhistas da região. Lembro-me dele me indicando no distante horizonte uma grande massa abaulada à frente de uma corcova. A primeira era o Garrafão e a segunda, o Papagaio – estes relatos falarão destas duas montanhas, cada qual dominante em sua região, bem como de muitas outras, de nomes e aspectos curiosos.
Escrevi na coluna anterior sobre a conquista dos dois principais maciços paranaenses. Volto agora a eles, para comentar sobre os parques naturais que os envolvem.
Volto a falar de uma região que para mim é única: o Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro criado em nosso país. Escrevo agora brevemente sobre sua geologia, sua fundação e sua natureza. Desde muito tempo visito este espaço esplêndido e emocionante, hoje menos do que antes, mas sempre com o mesmo assombro inicial. Não importa se para você são os Órgãos, o Espinhaço ou o Marumbi, o Caparaó ou as Chapadas, nunca perca a capacidade de se maravilhar com esses milagres da natureza.
Ela não passa desapercebida p/ quem circula pela BR-135 e vai pra Bahia, pois destoa da horizontalidade da planície norte-mineira. Elevando-se quase 700m tal qual a Muralha da Mantiqueira (na Via Dutra) e estendendo-se por 9 municípios da região, a Serra do Cabral é uma escarpa montanhosa desgarrada do Espinhaço com características próprias. De formato piramidal e delimitada pelos rios Curimataí, Jequitaí e Velhas, foi no seu contraforte sul q realizamos uma travessia selvagem de quase 80kms onde cerrado e sertão se misturam. Saindo do povoado de Vaca Selada e findando na pacata Lassance, eis uma pernada q percorre chapadas, campos rupestres e veredas sob sol escaldante. Mas q é recompensada não apenas pela fartura de água e cachus ainda sem nome, mas tb por uma beleza natural q serviu de referência aos viajantes no período colonial e até pra literatura