Mas nem tudo são dunas e deserto. Alguns trechos são alternados por pedras e lajedos rente ao mar, pedaços de troncos q são mais florestas petrificadas. Um trecho q outrora já deve ter sido um exuberante mangue, além de mta rocha calcificada. Mas as dunas são onipresentes. Curioso em saber o q há do outro lado, largo a mochila e escalo duas seqüências de dunas. No alto, o vento é mto mais intenso e carregado de areia, logo estou td a milanesa. No entanto, o visual de cima vale a pena: em contraste c/ as dunas, um verdejante e vasto manguezal cortado por vários rios e, lá no fundo, montanhas enormes de sal perfiladas, reluzindo daquele cenário escuro! De repente, o 1º sinal de vida surge na forma de uma charrete puxada por um jumento sentido contrario.
Sobre o Autor
O Rio Grande do Norte reserva pérolas q vão além do seu belo, notório e extenso litoral. Escondido no interior do sertão potiguar existe uma região repleta de serras respeitáveis q se elevam na horizontalidade agreste típica da caatinga, td isso em meio a cursos dágua e enormes açudes. Esse local atende pelo nome de Seridó e abrange os municípios de Currais Novos, Acari, Parelhas, Cerro Corá, Jardim do Seridó, Caicó e Carnaúba dos Dantas. Destino pouco (ou nada) explorado, o Seridó vem aos poucos atraindo aventureiros dispostos a desvendar suas belezas naturais ainda incógnitas do turista-radical brasileiro, numa das paisagens + exóticas do interior do país.
A Serra da Bocaina, porção generosa de mata atlântica localizada entre SP e RJ, sempre foi sinônimo de Trilha do Ouro. Porem, a idéia corrente disseminada pela mídia é q havia somente àquele caminho centenário. Errado. Na época colonial, a Bocaina era gde demais pra se resumir apenas a UM caminho, havia sim um emaranhado de caminhos (oficiais ou não) q alem de descer a serra, serviam de ligação entre as movimentadas cidades e vilarejos no auge do ciclo do Ouro. Um deles é a Trilha do Rio Guaripu, travessia de mais de 53km q em 3 dias percorre quase transversalmente à sua variante + famosa, sentido nordeste. Sai de Campos Novos de Cunha, atravessa a exuberante e intocada Mata Atlântica, cruza com o Mambucaba e conclui em Arapei.
As 13:40, a trilha nivela no rio da Grota Grande, e passa a acompanha-lo pela esquerda por um tempo. Logo temos q passar (por cima das pedras) por dois riachos consecutivos, p/ em seguida dar inicio a nova subida, ate chegar numa porteira, do lado da casa do seu Benedito. Descemos outra vez pelo calcamento de pedras e por vários brejos enqto o rugido do Rio Guapiru aumenta em meio a mata, ate q o alcançamos novamente as 14:50, agora um enorme, largo e gélido espelho d&ldquo,água refletindo os poucos raios de sol daquele vale fechado. Cruzamos cautelosamente o dito cujo através de uma rústica pinguela, q não passa de um tronco servindo de apoio pros pés e outro mais fino servindo de corrimão!
Dia e meio de viagem de incessante sacolejo por empoeiradas e precárias estradas de terra foram necessários pra chegar ate Monte Santo, arraial localizado nos cafundós do sertão norte baiano. Monte Santo???
Há tempos q desejava conhecer os famosos Campos do Quiriri, imponente cadeia montanhosa numa Serra do Mar menos conhecida na divisa do PR e SC. Desconhecida p/ pessoal da região sudeste, pois o local q abraça este enorme planalto c/ respeitáveis picos interligados são playground habitual da galera montanhista do sul. E sendo nossa 1ª incursão à região, a idéia era realizar a travessia + conhecida, a Araçatuba-Monte Crista, em apenas 3,5 dias, tempo hábil q dispúnhamos. Qta pretensão a nossa. Vários fatores – principalmente adversidade do terreno e péssimo tempo – limitaram à mesma somente ate a metade. Entretanto, a aventura de descortinar estes novos horizontes de campos de altitude de vistas longínquas, pipocados de cachus, florestas de pinus e blocos de pedra em meio a gdes montanhas, apenas instigaram + a vontade de lás voltar e perscrutar as varias outras possibilidades q a majestosa Serra do Quiriri oferece.
Retomando a pernada, num piscar de olhos nos vimos no colo da montanha sgte, a qual começamos lenta e arduamente galgar suas íngremes encostas, ora no aberto, ora protegidos por densas copas de pinus. Ainda bem, pois meu rosto já tava bem tostado do sol. Emergimos então num ombro de serra coberto de pasto pelo qual acompanhamos a crista durante um tempão, sempre sentido leste (esquerda), pois o trajeto pelas estradas nos havia desviado relativamente um tanto da rota traçada. Uma brisa forte soprava esporadicamente, remexendo tanto enormes paineiras q dançavam ao vento, como o capim q parecia um mar agitado onde podíamos ver suas &ldquo,ondas&ldquo, nos contrafortes da serra no entorno. À leste, a imponente Pda Branca de Araraquara parecia nos vigiar permanentemente durante td a pernada, sendo nosso referencial o tempo todo.
Não deu nem 2 semanas de ausência de Paranapiacaba q não resistimos à tentação de lá retornar p/ perscrutar outros rincões perdidos na mata q haviam deixado vastas possibilidades de nossa incursão anterior. Se naquela oportunidade havíamos apenas arranhado superficialmente as encostas verdejantes da Serra do Quilombo, desta vez a intenção seria descer de fato às corredeiras e poços do rio q lhe emprestam o nome. Isso resultou num árduo bate-volta, porém adrenado e bem gratificante. Afinal, não é qq um q tem joelho p/ descer (e subir, posteriormente) os quase 800m de desnível q separam o planalto da famosa vila inglesa e o sertão verde q abraça as margens do fantástico Rio Quilombo.
Fotos: Bárbara Pereira
Após novo sobe-desce, mergulhamos novamente em meio a blocos desmoronados, numa tal &ldquo,Caverna da Aventura&ldquo,, onde novamente somos obrigados a nos arrastar por &ldquo,quebra-corpos&ldquo, q certamente são contra-indicados p/ alguém acima do peso. Emergindo do outro lado, subimos uma rampa de granito p/ descê-la em seguida, p/ adentrarmos desta vez na &ldquo,Caverna Olho D&ldquo,Água&ldquo,. Lá, nos esgueirando feito calangos, em sucessivos sobe-desces e escalaminhadas no interior de gigantescos blocos tombados, damos numa bica cuja bem-vinda e refrescante água já ouvíramos marulhando pouco antes. Após molhar a goela e contornadas + algumas rochas, caímos noutro salão chamado de &ldquo,Gruta do Caçador&ldquo,, onde uma pequena laje totalmente plana (a &ldquo,Cama do Caçador&ldquo,?) serve de apoio meditativo, alem de mtas pics p/ animada galerinha potiguar.
Quem viaja pelas estradas planas do Brejo Paraibano – micro região interiorana da Paraíba de clima + ameno em função da altitude do Planalto da Borborema – não imagina o q existe algo além de sua monótona paisagem de caatinga e lavouras de açúcar. Próximo da divisa c/ RN há um local repleto de serras, grutas, cachus, pinturas rupestres e enormes monólitos de pedra apontando pro céu, cujo carro-chefe é a famosa Pedra da Boca. Localizada dentro do recém-criado (e desconhecido) Pque Estadual homônimo e nos contrafortes da Serra das Confusões, ele é o novo palco da galera potiguar praticante de rappel, escalada e trekking. Mas aos poucos vem atraindo tb gente de fora, aventureiros sedentos por novos destinos inexplorados e belezas naturais ainda incógnitas no mapa do ecoturismo brasileiro.