Iniciamos o primeiro dia às 3h da manhã, nos encontrando na base do canal em Piraquara, Eu – Ander Paz,…
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Descobri esse destino procurando viagens no fim do ano passado, para aproveitar o recesso do trabalho. Não deu certo de ir naquele período. Então, já me programei para o primeiro feriado do ano…fugir da zoeira do carnaval! Como esse não é um destino muito conhecido, preferi fechar com uma agência grande de ecoturismo para garantir um grupo. Foi ótimo, porque além de conhecer um lugar maravilhoso, fiz novas amigas de aventura!
Em abril de 2015 eu e minha companheira Gabriela, quase por acaso, começamos nossa caminhada nas montanhas. Já havíamos praticado atividades ao ar livre como trilhas de longa duração em cachoeiras e pernoite em acampamento selvagem, mas até então não tínhamos ultrapassado a marca dos 1600 metros. Pesquisando sobre parques nacionais nos chamou a atenção o Pico das Agulhas Negras, com 2790 m, localizado no Parque Nacional do Itatiaia, decidimos então nosso próximo destino.
Chegando da nossa semana na montanha, de volta a Moshi, ao Hotel , um descanso e banho merecidos por todos depois de um dia puxado até o cume e descida. Um jantar para comemorar, com cerveja para os fãs desta, e carne , que foi motivo de risos pois durante a expedição conseguimos converter por alguns dias um dos integrantes vegetarianos, que por estar com muita fome, acabou comendo frango e carne na montanha em algumas das refeições.
No campo de Barafu, não mais vegetação avistamos. Somente rochas. Muito parecido com o que temos no Aconcágua, e pó como em Ojos del Salado, no Chile. Muitos grupos para fazer o mesmo encontravam-se ali. Uma conversa com nosso Teacher, e equipe de guias aconteceu naquela tarde, para incentivar todo o grupo. Teacher e sua equipe entraram na barraca refeitório e fizeram um discurso. Que estavam ali para juntos todos chegarmos ao cume.
O acampamento Machame fica a 3000 metros de altitude. Nesse primeiro dia caminhamos em meio a floresta, com gigantes árvores, uma trilha demarcada. Muito bem organizado o parque, o dia um pouco nublado, era nesse trecho onde poderia chover e por isso nas informações do e-mail de orientações do Tio aos seus clientes era de que as botas fossem IMPERMEÁVEIS. Assim veio o e-mail, com letras garrafais…
Fomos recebidas pelo motorista do transporte, e levadas para o Hotel em Mochi. Já no caminho pudemos ver em destaque, ao longe, no plano relevo, aquela que seria nossa casa nos próximos dias. O Monte Kilimanjaro. E também pudemos observar pelo caminho, um pouco do povo do vilarejo e arredores, e seu modo de viver. Da África eu só conhecia o Egito, e já percebi a grande diferença entre este, que visitei anos antes numa viagem de mergulho, e a Tanzânia, a terra do Kilimanjaro. No Egito há pobreza, mas tentam escondê-la atrás de muros por onde os turistas circulam. Guaritas com soldados armados em muitas esquinas, prédios antigos, prédios novos. Já em Mochi, a falta de recursos na periferia que circunda o vilarejo é mais notada. Poucos turistas nas ruas, a grande maioria é de moradores da região.
Foi assim então que comecei a procurar vôos e providenciar as provisões para pagar a viagem. E como ia pessoalmente poderia levar mais doações para as crianças da escola e orfanato que iríamos conhecer no final da expedição.
Como surgiu a idéia de subir o Monte Kilimanjaro… Mais um na minha jornada pelas montanhas do planeta…. Em fevereiro de 2008, depois de quatro longos anos ,cheios de trabalho, assim que acabei minha residência e especialização em Ortopedia e Trauma Ortopédico, para ser mais exata no dia seguinte, parti para mais uma viagem.
Subida pela face noroeste, via crista localizada entre União e o Pico Paraná, saindo de Bairro Alto, Antonina, em grande companhia.