Situada no km80 da Rod. Mogi-Bertioga (SP-98) e passagem obrigatória de quem se dirige a Cachu Pedra Furada ou Trilha do Itapanhaú, uma placa escancarando proibição de acesso a propriedade particular de nome Agro Pastoril & Mineração Pirambeiras Ltda. sempre despertou minha curiosidade. Conhecida popularmente como Faz. Pirambeiras, este fds finalmente saciei tal dúvida pra descobrir q seus proprietários libaneses são os legítimos donos de td aquele sertão tupiniquim de Biritiba-Mirim (incluindo a Cachu Furada, Represa Light e Andes!), embora o lugar atualmente pertença ao P E Serra do Mar. E pra aproveitar a viagem, emendamos a este roteiro de 20kms bem andados a subida ao maciço da Pedra do Sapo. Mas não pela sua breve e tranqüila picada tradicional q acede pelo norte; e sim através do seu perrengoso e ingreme contraforte sul, passando pela simpática Cachu da Água Fina e Pedra da Forquilha.
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Por incrível que pareça não pisava em Paranapiacaba desde o ano passado, mas não por falta de oportunidade e sim devido ao desânimo q as últimas restrições de acesso ao seu entorno gerava. Quebrando esse jejum de pernadas pelo Pq das Nascentes e julgando a poeira das proibições já assentadas, domingo passado retornei a caminhada relativamente sussa pelos contrafortes serranos da pacata vila inglesa. Sussa pq desta vez bisbilhotei duas picadas transversais q sempre ignorei durante minhas incursões ao Vale do Quilombo. O resultado foi um circuitinho breve e sem gde desnível q percorre as nascentes do Rio Quilombinho, passando pelas simpáticas Cachus da Biquinha e do Lúcio.
A apenas 30km de SP, Cotia se notabiliza bastante por atrair adultos ao luxuoso condomínio Granja Viana como crianças atrás de suas tradicionais fazendinhas de bichos. Contudo, o município tb guarda um respeitável atrativo natureba, a Reserva Florestal do Morro Grande, uma enorme mancha verde q circunda a represa do mesmo nome. Detentora de extensa área de mata nativa, bichos silvestres e rios importantes para a Grande São Paulo como o Capivari, Cotia, dos Peixes e da Graça q nascem dentro da reserva. Esta é nossa primeira visita ao lugar, no caso, numa simpática e bela queda de facílimo acesso, a Cachu da Graça. Este bate-volta descompromissado revelou q a queda não apenas faz jus ao nome como tb provou ser a cachoeira urbana mais próxima da minha casa.
Marundito é uma rocha metamórfica bastante rara no Brasil e sua gênese está associada à formação do q conhecemos por ouro. Caso ninguém saiba, Guarulhos (SP) teve um longo ciclo de exploração do minério q durou mais de dois séculos, começando de 1597. Resgatando td este passado de elevado valor geológico, foi criado na região o Geoparque Ciclo do Ouro Guarulhos q entre seus vários sítios está o Marundito do Pico Pelado, situado no bairro do Cabuçu. Este nada mais é q um morrote doméstico coroado por um belíssimo mirante com panorâmica de td Guarulhos, acessível mediante trilha sussa de menos de 1 hora. Em tempo, um atrativo natureba q em breve pode não mais existir pois será sumariamente engolido pelas obras iminentes do Rodoanel Norte.
A Pedra do Sapo é um dos gdes maciços de rocha pura q apontam pro céu do sertão de Biritiba-Mirim, assim como a Pedra Esplanada, Garrafão, Itapanhaú e o Pico do Gavião, tb conhecido como Peito de Moça ou Mulher Grávida. Interligar o Sapo a outros picos através de sua discreta crista, q se espicha sinuosamente sentido nordeste, era sonho antigo. Esplanada e Garrafão foram descartados por não integrarem a tal crista, mas a travessia rumo o Itapanhaú foi realizada recentemente c/ sucesso. Restou apenas o Gavião, cuja ausência tanto de trilha como de infos demandava estudo prévio do trajeto. Já pisara no Gavião antes, mas como meu acesso se dera pela face sul seu contraforte oposto era uma incógnita p/ mim. Contudo, neste domingo realizamos enfim esta travessia curta, porém legitimamente selvagem. Vara-mato, escalada, carrapatos e muito suor, recompensados com visu panorâmico desta privilegiada região ainda pouco conhecida.
A Serra de Itaberaba é um enorme espigão desgarrado da Cantareira cujas escarpas erguem-se majestosamente da horizontalidade de Morro Grande, distrito de Guarulhos, fazendo dela divisa natural do município com Mairiporã e Nazaré Paulista. Os 1438m do seu pto culminante estão situados no Pico do Gil, cujas infos de acesso são tão escassas como envoltas em impedimentos. Autorização de entrada, segurança armada, propriedade particular e porteiras barrando caminho eram apenas alguns dos avisos pinçados na net q ao invés de incentivar, desmotivavam. Pois bem, este é o registro da nossa jornada ao Pico do Gil desmistificando td a respeito, apenas pra constatar q alcançar o ponto mais alto da Região Metropolitana de São Paulo não é nenhum bicho-de-sete-cabeças.
Mesmo tendo em 3 ocasiões palmilhado os arredores da Represa Andes, enorme oásis artificial remanescente dos tempos da construção da SP-98, nunca termino de descobrir algo novo por lá. Encravado nos cafundós do sertão de Biritiba-Mirim e assescivel mediante longa caminhada, cada empreitada é estudada previamente afim de otimização do bate-volta, pois suas dimensões superlativas impossibilitam visita plena duma vez só. Não sem pernoite, claro. Da primeira vez percorri praias e remansos do setor sul; na segunda, imponentes cânions de vazão rumo Vale do Guacá, no extremo leste; e na terceira, uma aprazível prainha situada na margem oeste. Pois bem, neste domingo estivemos mais uma vez lá sondando os meandros q bordejam o setor norte apenas pra constatar o óbvio: além dos poucos andarilhos q se atrevem a meter as caras na represa, a mesma tb é freqüentada por muitos caçadores q criaram uma intrincada rede de picadas de acesso, provavelmente oriundas de Casa Grande e Salesópolis.
Quem trafega pela Rio-Santos não deixa de reparar num enorme domo granítico, cujo perfil arredondado sobressai elegantemente da escarpa serrana, entre Bertioga e Guaratuba. Este maciço, situado em propriedade da Sabesp, é 100m maior q o Corcovado de Ubatuba e atende pelo nome de Pedra da Boracéia, embora locais a apelidem de Pedra Queimada. Independente de nomemclatura, seu cume é acessível de duas formas, ambas por trilha tão tortuosa qto duvidosa: pelo litoral, dias a fio; ou abreviando trajeto do próprio planalto, partindo dum braço da Repr. Ribeirão do Campo e c/ permissão do proprietário. Bem, isso em tese. Este é o relato da (re)conquista dos 1270m do seu topo saindo de Salesópolis mediante 3 dias de intensa caminhada, cuja picada de aproximação e dificuldades não devem nada a expedições andinas experientes. Vara-mato, mosquitos, travessia de rio e escalaminhada selvagem pra ninguém botar defeito são alguns dos perrengues garantidos, porém recompensado com visus e emoções reservadas a aventureiros contados numa mão só.
Algo q mais me chamou a atenção numa das gdes surpresas naturebas de Sampa, o PE Juquery, é alvo deste relato. Não me refiro aos largos horizontes e nem ao rico bioma de cerrado desta unidade de conservação encravada a apenas 30km da Metrópole. Me refiro sim a gde qtidade de placas anunciando “acesso proibido”, das quais sempre me indaguei o motivo. Pois bem, comento aqui então outra caminhada breve, tranqüila e desimpedida, porém vetada aos meros mortais, infelizmente. E com certa razão, além da costumeira justificativa de pesquisa ambiental. Trata-se duma bela pernada de menos de 3hrs q não somente galga o 2º pico mais alto do parque, beija os pés da torre leste e bordeja um braço da Represa de Mairiporã. Ela tb palmilha rente o Presídio Franco da Rocha, onde o risco de levar chumbo dos guardas penitenciários é real.
Montanhão, Maciço, Morro da Cruz ou, nos mapas mais antigos, Ponto ou Pouso Alto. Estas são as denominações mais freqüentes pra se referir ao Pico do Bonilha, pto culminate do ABC. Do alto dos seus 986,5m, altura insignificante pra padrões montanheiros, este morrote urbano q pede emprestado seu nome ao antigo são-bernardense Alferes Bonilha, a vista panorâmica impressiona com a cidade grande querendo engolir o q resta de Serra do Mar. Contudo, por estar situado em propriedade particular e seu acesso estar regido por alguma burocracia, suas largas vistas e amplos visus são privilegio pra andarilhos detentores da virtude de Jó. No entanto, outros caminhantes menos pacientes (e mais ousados) podem alcançar o Bonilha através de caminhos alternativos, valendo-se de continuas cristas de morros vizinhos. Este é o relato de um deles.