Caro Sr. Proprietário,
Não pretendo tomar seu precioso tempo e por isso serei breve. Chamo-lhe desta forma, mais ampla e abrangente, pois não sei ao certo quem é o verdadeiro responsável pelo entorno q cerca a via conhecida como Trilha do Geraldo, situada na região do Sertãozinho do Tietê, as margens da SP-98: se é a Cia Suzano; o Sitio Pirambeira; a Faz. Pedra da Forquilha ou qq outra pequena chácara alugando sua terras pra famosa cia de celulose; ou até mesmo se a região pertence ao PE Serra do Mar, q explicitamente começa a partir do Km 79 da Rod. Mogi-Bertioga. Como são vários limites (tênues) envolvidos, por esse motivo chamo-lhe simplesmente de Sr. Proprietário, já q alguém deve responder pelo lugar. Pronto, falei.
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Com vizinhança nada convidativa, ruínas de um antigo hospício de um lado e um presídio na ativa do outro, o Parque Estadual do Juquery destoa do entorno como o último remanescente do cerrado na região metropolitana de São Paulo. Situado a 38km da capital, entre os municípios de Caieiras e Franco da Rocha, o parque é uma grata surpresa natureba com amplos horizontes, mata fechada somente no fundo dos vales e muitas trilhas de fácil acesso. Mas, claro, td q é facil pode ser dificultado. Eis um circuito pouco convencional q, totalizando em torno de 20km, percorre plenamente este oásis verde incrustado na metrópole, passando pelo seu pto mais elevado, um morrote curiosamente chamado de Ovo da Pata (942m), q domina td paisagem.
Quarta-feira, 19 de setembro de 2012. Eu e o Nando nos metiamos numa roubada homérica durante um circuito selvagem pelo Vale do Preguiça, região incrustada na Serra do Mar q faz divisa entre Itanhaém e Juquitiba, mas cujo acesso se dá por Embu-Guaçu. Na ocasião, uma série de fatores nos impediu de desfrutar um dos gdes atrativos deste vale, a Cachu do Funil, majestuosa queda por onde as águas cristalinas do Rio dos Macacos se afunilam até desembocar no Rio Mambu e, logo adiante, no ilustríssimo Rio Branquinho. Despreparados, sem equipo ou logística apropriada, com o cronograma apertado e – o pior – com uma frente fria mandando água sobre nossas cabeças e coroando de vez a nossa desgraça, nos resignamos apenas a contemplar aquela bela cachoeira de sopetão, numa correria quase na penumbra. Contudo, no final daquele perrengue cantado em verso e prosa*, já no conforto aconchegante do lar, havia prometido a mim mesmo q não terminaria aquele ano sem retornar áquele fantástico espetáculo da natureza – q rivaliza e se assemelha em beleza e porte com a Cachu do Veado, na Bocaina e pernoitar as margens do enorme lago a seus pés. Sim. A visita intima à cachu teria de esperar.
Já ouviu falar do Parque Estadual Mata dos Godoy? Pois é, nem eu. Até o mês passado, claro, qdo estive la de passagem. Resumidamente, o PEMG consiste numa das últimas e importantes reservas florestais do Paraná, não apenas devido a sua área continua de mata nativa como tb ao seu estado de conservação da biodiversidade. Situado a 20km de Londrina (norte do PR) e cujo nome homenageia a família proprietária do terreno no qual está inserido, o lugar é mais um daqueles obscuros roteiros injustamente pouco divulgados e com freqüência quase nula de visitação. Isso se levarmos em consideração a escassez de áreas de mata nativa numa região onde a horizontalidade geométrica de lavouras domina a paisagem desta região do Terceiro Planalto do estado.
Campos varridos pelo vento. Rochas cristalinas e pontiagudas emergindo do solo feito mísseis direcionados pra oeste. Vista deslumbrante separando o firmamemto do horizonte. Conceição do Mato Dentro? Cipó? Lapinha? Q nada. Esta é mais uma nova faceta dos arredores da conhecidissima Guarulhos, extremo norte da maior Metrópole da America Latina. E o point em questão é Morro do Nhangussu, serrote modesto se comparado a outras montanhas mais notórias, uma vez q sua altitude não vai alem dos 900m. Contudo, esta elevação de fácil acesso se destaca por possuir em seu largo e abaulado topo não apenas sedimentos vulcânicos similares aos da Serra do Espinhaço como tb uma bela panorâmica da cumeada q faz divisa da cidade com Mairiporã, Nazaré Paulista, Santa Isabel e Arujá. Um roteiro sussa, breve e tranquilo, ideal pruma manhã ou final de tarde pelas redondezas de Sampa.
Ali, na borda da mata, nas sombras eternas, vários pontos de gelo depositado pela forte geada da madrugada anterior ainda eram visíveis. Mantos de gelo e poças congeladas em plenas 16:30h da tarde… Irrompemos com cuidado pelo trecho de banhado chegando no riachinho. Abastecemos de água já pensando no estoque para acampamento logo mais e seguimos, agora subindo a encosta do outro lado do pequeno vale, passando a acompanhar o zig-zag de uma trilha de gado que galgava as curvas de nível. Como a luz do dia já findava estávamos de olho em possíveis locais de acampamento. Com o pouco tempo de luz do sol, o vento frio de fim de tarde já nos castigava, obrigando a vestir os abrigos corta-vento.
Já a algum tempo matutava em juntar numa pernada dois gdes points da região tida como Sertãozinho do Tietê, aquela inserida entre o planalto serrano de Biritiba-Mirim e a Rod. SP-98. Os points em questão eram a Represa Andes e o Rio Guacá, atrativos já visitados isoladamente noutras ocasiões mas q mereciam ser reunidos numa tacada só. A idéia não era nova, pois eu mesmo já conhecia gente q já havia metido as caras nessa empreitada. Contudo, nada impedia de oficializar de vez um circuito, desta vez em verso e prosa. Reunindo um pequeno grupo, fomos lá nos embrenhar no meio da mata pra mais uma pernada selvagem de respeito. No trajeto, a Cachu da Lagarta, uma represa do tamanho de 20 piscinas olímpicas e um rio tremendamente encachoeirado q culmina no Poço das Antas. Td isso perdido, no meio do mato. Um domingo de sol e calor numa travessia pauleira regada com fartura de água por td caminho.
Passo a relatar a seguir uma travessia que mobilizou montanhistas dos três estados do Sul do Brasil em prol de um objetivo comum: a consolidação do Parque Nacional de São Joaquim e a consagração do direito de acesso às áreas de conservação federais sob gestão do ICMBio. O relato é extenso e as fotos não estão todas publicadas aqui. Veja ao final os links para o material complementar. Travessia realizada entre os dias 07 e 10 de junho de 2012 (feriado de Corpus Christi), entre o Morro da Igreja e dois pontos distintos de saída Cânion Laranjeiras e Serra do Rio do Rastro organizada pelo pessoal da AMC Associação Montanhistas de Cristo (Paraná) e realizada em conjunto com montanhistas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Centro de esportes radicais próximo de Sampa q recebe muitos visitantes nos fds e feriados, Juquitiba é uma região rica em nascentes, rios e riachos, inseridos em meio a muita Mata Atlântica preservada. Como não poderia deixar de ser, seus recursos hídricos resultam numa diversidade de cachoeiras pra tds os gostos, passiveis de serem alcançadas ora de carro, bike e até a pé, com alguma determinação. E aproveitando a recente onda de calor q fomos nos refrescar em duas destas belas quedas dágua, num bate-volta sussa e descompromissado desta região repleta de atrativos escondidos na mata. E a apenas 70km de Sampa.
Altivo e imponente, o Pico do Itapanhaú destoa dos demais gdes maciços do entorno por um único detalhe: além de ser a montanha mais alta da região, seu topo é coroado por uma enorme antena, q por sua vez espeta o céu q se debruça sobre o planalto serrano de Biritiba-Mirim (Mogi das Cruzes). Tb conhecida como Torre do Itapanhaú e com feições similares à Pedra de São Domingos (MG) ou o Morro da Antena (PR), o acesso aos 1080m do seu cume é feito facilmente através duma precária e íngreme estrada de manutenção. Ou tb pode ser alcançado de forma mais aventuresca e selvagem, ou seja, mediante uma travessia de cristas sucessivas, partindo do alto da Pedra do Sapo (990m). É a Travessia Sapo-Itapanhaú, q descortina um visual arrebatador desta zona erma e pouco freqüentada dos paulistanos.