Escalamos 4 vias em quatro dias, primeira visita ao pico, sonho realizado! Final de semana sem chuva (viva São Pedro) com espetáculo de lua cheia. Tem como querer mais alguma coisa?
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Dia e meio de viagem de incessante sacolejo por empoeiradas e precárias estradas de terra foram necessários pra chegar ate Monte Santo, arraial localizado nos cafundós do sertão norte baiano. Monte Santo???
O despertador do celular trina, pontualmente, no horário marcado. É noite ainda. Estrelado, o céu exibe, ainda, uma lua crescente. Eita planeta gostoso este onde vivo.
Há tempos q desejava conhecer os famosos Campos do Quiriri, imponente cadeia montanhosa numa Serra do Mar menos conhecida na divisa do PR e SC. Desconhecida p/ pessoal da região sudeste, pois o local q abraça este enorme planalto c/ respeitáveis picos interligados são playground habitual da galera montanhista do sul. E sendo nossa 1ª incursão à região, a idéia era realizar a travessia + conhecida, a Araçatuba-Monte Crista, em apenas 3,5 dias, tempo hábil q dispúnhamos. Qta pretensão a nossa. Vários fatores – principalmente adversidade do terreno e péssimo tempo – limitaram à mesma somente ate a metade. Entretanto, a aventura de descortinar estes novos horizontes de campos de altitude de vistas longínquas, pipocados de cachus, florestas de pinus e blocos de pedra em meio a gdes montanhas, apenas instigaram + a vontade de lás voltar e perscrutar as varias outras possibilidades q a majestosa Serra do Quiriri oferece.
Retomando a pernada, num piscar de olhos nos vimos no colo da montanha sgte, a qual começamos lenta e arduamente galgar suas íngremes encostas, ora no aberto, ora protegidos por densas copas de pinus. Ainda bem, pois meu rosto já tava bem tostado do sol. Emergimos então num ombro de serra coberto de pasto pelo qual acompanhamos a crista durante um tempão, sempre sentido leste (esquerda), pois o trajeto pelas estradas nos havia desviado relativamente um tanto da rota traçada. Uma brisa forte soprava esporadicamente, remexendo tanto enormes paineiras q dançavam ao vento, como o capim q parecia um mar agitado onde podíamos ver suas &ldquo,ondas&ldquo, nos contrafortes da serra no entorno. À leste, a imponente Pda Branca de Araraquara parecia nos vigiar permanentemente durante td a pernada, sendo nosso referencial o tempo todo.
Consegui parceiro pra dividir o custo do guia pra um novo ataque, o vulcão Sairecabur, com seus 6.046 msnm, bem atrás do Licancabur, e isso foi o incentivo que eu precisava.
Não deu nem 2 semanas de ausência de Paranapiacaba q não resistimos à tentação de lá retornar p/ perscrutar outros rincões perdidos na mata q haviam deixado vastas possibilidades de nossa incursão anterior. Se naquela oportunidade havíamos apenas arranhado superficialmente as encostas verdejantes da Serra do Quilombo, desta vez a intenção seria descer de fato às corredeiras e poços do rio q lhe emprestam o nome. Isso resultou num árduo bate-volta, porém adrenado e bem gratificante. Afinal, não é qq um q tem joelho p/ descer (e subir, posteriormente) os quase 800m de desnível q separam o planalto da famosa vila inglesa e o sertão verde q abraça as margens do fantástico Rio Quilombo.
Fotos: Bárbara Pereira
Após obter sucesso na minha primeira investida das ferias, mandei ver uma nova investida apenas 30 horas após a primeira. Só tive um dia de descanso e hoje de manhã deixei o albergue as 04:00h.
Nesse momento escrevo com grande alegria na mente! Cheguei a San Pedro ontem e já combinei com o guia de subirmos uma montanha hoje, apenas 14 horas após minha chegada.
Após novo sobe-desce, mergulhamos novamente em meio a blocos desmoronados, numa tal &ldquo,Caverna da Aventura&ldquo,, onde novamente somos obrigados a nos arrastar por &ldquo,quebra-corpos&ldquo, q certamente são contra-indicados p/ alguém acima do peso. Emergindo do outro lado, subimos uma rampa de granito p/ descê-la em seguida, p/ adentrarmos desta vez na &ldquo,Caverna Olho D&ldquo,Água&ldquo,. Lá, nos esgueirando feito calangos, em sucessivos sobe-desces e escalaminhadas no interior de gigantescos blocos tombados, damos numa bica cuja bem-vinda e refrescante água já ouvíramos marulhando pouco antes. Após molhar a goela e contornadas + algumas rochas, caímos noutro salão chamado de &ldquo,Gruta do Caçador&ldquo,, onde uma pequena laje totalmente plana (a &ldquo,Cama do Caçador&ldquo,?) serve de apoio meditativo, alem de mtas pics p/ animada galerinha potiguar.