Algumas pedras mais periclitantes foram atiradas ao vazio e um par de horas depois aterrei na varanda intermédia, na parte alta da parede, que permite escapar (ou aceder) comodamente. Uma oportuna criação da Natureza.
Algumas pedras mais periclitantes foram atiradas ao vazio e um par de horas depois aterrei na varanda intermédia, na parte alta da parede, que permite escapar (ou aceder) comodamente. Uma oportuna criação da Natureza.
É de conhecimento de todos que esporte faz bem à saúde. Mas será que existe realmente um esporte que faz MUITO bem à saúde, mais do que o normal? Eu digo que sim. Vamos refletir um pouco sobre o assunto e pesar na balança para ver se o lance é mesmo algo digno de pensamento.
Em alguns sites da WEB e mesmo entre as comunidades de escaladores ouvi falar sobre “Escola tradicional “antiga” & escola esportiva “nova” e confesso que não consegui assimilar bem esta idéia, parece estar havendo um equívoco de interpretação e mistura de conceito sobre a diferença entre o MONTANHISMO e a ESCALADA ESPORTIVA.
Antes de mudar para Minas Gerais, há mais ou menos dez anos, passava os dias na Reserva Florestal do Grajaú tentando acompanhar escaladores que estavam muito além do 8º grau. Botes impossíveis, solos incríveis e muita verdade nas poucas palavras que trocávamos. Nenhum deles postava nada em rede social ou pensava em estar em um filminho no youtube.
Dizem que lenda não tem história. Creio nisso, fica o legado a marca, a influência mesmo não tendo consciência da mesma.
Um bom tempo atrás, quase um ano e meio pra ser preciso, escrevi uma matéria sobre os macacos das neves escaladores, o Japanese Maquaque, que escalam em neve compacta, aguentam temperaturas de -25°C no inverno japonês, e comem casca de árvore pra sobreviver ao inverno. Decidi continuar a escrever sobre a bicharada, dessa vez falando de outro animal, este sobre quatro patas, que escala horrores, melhor do que os macacos dadas as devidas circunstâncias, os bodes de montanha.
Já o Inverno tinha entrado na Primavera e ainda não tinha chegado a ansiada encomenda especial. Após os últimos dias de actividades de neve na Serra da Estrela, ainda esperávamos um fim-de-semana alargado extra para fechar a época. Esse fim-de-semana surgiu dos dias 13 a 16 de Abril, quando vimos uma aberta de bom tempo nos Pirinéus. Já há algum tempo que tínhamos uma linha em vista nos Gabietos, um 3000 lá para as proximidades de Ordesa.
A montanha mais alta do mundo atrai todo tipo de gente. Gente rica, gente com muita grana, gente que vende tudo que tem pra chegar ao topo do mundo, a maioria é turista com grana, a minoria é oitomilista, muita farofada, muita sujeira, muito recordista, causas nobres, causas ridículas, tem de tudo…se o amigo Maximo Kaush me permite roubar seu título da matéria que escreveu sobre o Aconcágua, aqui vai o Circo do Everest.
A Serra do Mar na porção paranaense é uma barreira natural entre os planaltos e a planície costeira. Escarpada do lado leste, território totalmente coberto pela floresta Atlântica abrigando complexo sistema hídrico, e que se estende desde a BR – 277 até a baía de Guaratuba e desenvolve-se paralelo á linha da costa.
Levei nas costas a lente de 500mm do Paulo Marinho, pesa meia tonelada e não serviu para nada. Montou o tripé no alto do Capivari Maior e metralhou a paisagem com sua Cânon, mas o peso morto continuou imóvel na minha mochila a espera de uma chance para trabalhar. Florzinha e gafanhoto foram exaustivamente acariciados pela macro, morros e montanhas receberam atenção da zoom até se cansarem. E nada da potente teleobjetiva ser chamada.