Sempre tive o hábito de ler vários livros ao mesmo tempo e, em não raras ocasiões, diálogos surpreendentes se estabelecem entre as leituras que se intercruzam. Foi o que me aconteceu recentemente quando devorava, simultaneamente, duas obras tão díspares como Diez (posibles) razones para la tristeza del pensamiento, do crítico literário e filósofo George Steiner, e o excelente Em busca da alma de meu pai, de Jamling Tenzing Norgay. Enquanto Steiner desfia em seu pequeno ensaio a tradição filosófica ocidental para analisar o modo como pensamos, Jamling, que é filho de Tenzing Norgay, o sherpa companheiro de Edmund Hillary na conquista do Everest, narra sua escalada a essa montanha, enriquecendo a descrição dos acontecimentos da trágica temporada de 1996, tão conhecidos e divulgados em inúmeros outros livros e reportagens, com sua visão de mundo singular, marcada pela cultura sherpa e pelos valores budistas.
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O Paulo Marinho preferiu fotografar passarinhos em outra freguesia, mas o Moisés Lima aceitou o convite de imediato e no sábado nos encontramos num estacionamento na Av. das Torres. De Ponta Grossa vieram a Berenice e o Shyguek e para minha surpresa lá estavam também o Pedro Hauck com a Camila. Embarcamos todos na Kombi pilotada pelo Sr. João e descemos para Garuva numa bela e quente manhã de sol com céu totalmente limpo. Viaja de Kombi quem não tem pressa nem opção e as 11:30 horas descemos no oleoduto da Petrobrás depois de cruzar o Rio São João.
No período áureo do marumbinismo, também ocorriam rivalidades entre as lideranças e excepcionalmente até com quebra da ética, como aconteceu com as conquistas do Balança, Pelado e Chapéu.
Frio, ar rarefeito, rochas quebradiças e muitos blocos esperando para serem conquistados, foi este o projeto que engavetei em 2006 quando passava por Villa Alota em direção ao Atacama (Chile).
Chego em Katmandu durante as monções, a época de chuvas torrenciais que inunda o país de final de maio a setembro e que garante a colheita neste país que depende quase exclusivamente da agricultura de subsistência para alimentar seus quase 30 milhões de habitantes. As ruas estão imundas com lama e lixo, o barulho do trânsito caótico é infernal e a poluição visual é assustadora. Apesar disso caminho pelas ruas feliz.
O dilúvio começou às 14:00 horas do dia 10 de março de 2011, uma quinta feira, para os habitantes de uma estreita faixa do litoral paranaense. Durante a noite a chuva se intensificou e no dia seguinte as encostas da Serra da Prata vinham abaixo carregando toneladas de lodo, pedras, árvores e tudo o que por azar estava no caminho da enxurrada. Na Estrada da Limeira, início da trilha para a Torre da Prata, Seu Jaime viu o calmo riacho subir até tomar a estrada, o pátio e inundar a casa. Homens e animais ficaram ilhados numa elevação do terreno para mais tarde serem resgatados por helicóptero. Foi um dilúvio sem Noé.
São três horas da madrugada e a neve cai abundantemente. Aliás, dizer que ela cai é errado, já que com o vento forte ela é basicamente horizontal. Estou protegido pela cabine do snow cat, o caminhão com esteiras que está nos levando do abrigo onde dormimos até o início de nossa escalada a 4700 metros, mas meus clientes que estão desprotegidos estão completamente brancos de neve.
Diz o velho ditado: Ninguém conhece seu corpo melhor do que você mesmo. Digo isto pra iniciar este texto revelação pois dezembro de 2011 notei diversas alterações no meu corpo que me deixavam desconfortável, e por conta disso resolvi investigar, e então utilizo um outro ditado popular pra ilustrar este diferente relato: Quem procura, acha!. Eis o resultado…
Nos Andes meridionais escalar no inverno é bem diferente do que no verão: o clima é muito mais instável e as temperaturas são consideravelmente mais baixas. Nas semanas que antecederam minha viagem para a Argentina acompanhei a previsão do tempo e, nos dias ruins, que eram bastante frequentes, o vento no cume do cerro Plata chegava a 100 km/h, com sensação térmica de -40o C, enquanto que no Aconcagua o vento era de 120 km/h no cume, com a sensação térmica a incríveis -52o C.
À que confessar que estávamos satisfeitos após 3 aberturas (Ai que Saralho, pas de condition nos Alpes, Ilógica metrológica nas cercanias de Benasque e Matilde em Peña Montañesa) e desgastados física e psicologicamente pela Matilde. Chegara a hora de parar de abrir, mudar de local e desfrutar de umas escaladas bonitas por aí.