Como nomear uma montanha virgem?

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Escalar uma montanha que nunca foi escalada por nenhum humano é um grande feito, com grande prestígio para o montanhista. Ele se torna o único conquistador da montanha e ainda tem o direito de nomear ela.

Pedro Hauck comemorando a conquista do Monte Parofes, uma montanha até então virgem nos Andes.

Apesar de estarmos em pleno século XXI, ainda existem muitas montanhas virgens em nosso planeta, esperando que alguém as conquistem. No entanto, é necessário comprovar que realmente aquela montanha é virgem. Normalmente, isso é feito com os próprios montanhistas da região da montanha, que guardam as informações e relatos sobre as escaladas já ocorridas.

Após comprovar que você foi o primeiro a escalar determinada montanha, você ganha o direito de nomear ela. No entanto, não é qualquer nome que você pode usar. Cada região montanhosa do mundo tem suas regras implícitas. No Brasil, por exemplo, não se pode nomear montanhas com o nome de alguém ou uma figura pública.

No entanto, em outros lugares do mundo é possível encontrar nomes de montanhas que remetem a pessoas, como o próprio Monte Everest que é uma homenagem a Sir George Everest, que foi quem descobriu a montanha.

Também é comum nomes de montanhas que se repetem em vários lugares como o nome “Pedra Branca”. Mas por outro lado ainda falta um órgão oficial responsável por registrar os nomes de montanhas. Assim, cada montanhista pode e deve divulgar suas conquistas de forma pública por meio de relatos e publicações para que fique registrado o feito.

No vídeo dessa semana da série #histórias de montanha, o montanhista e geógrafo, Pedro Hauck, conta sobre algumas montanhas que ele conquistou e nomeou.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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