Em 2003, quando descia as encostas vertiginosas do Ibitirati, inaugurando a Face Leste do Pico Paraná, algo me chamou a atenção. Uma pequena figura geométrica, retangular, brilhante, ao longe. Lembrava algo familiar, e observando mais cuidadosamente, notei com espanto ser parecida com as insólitas placas do Ciririca – Mas que diabos é isso? – Me perguntei.
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Os montanhistas Elcio Douglas Ferreira e Jurandir Constantino realizaram a maior travessia entre montanhas no Brasil, fazendo 44 cumes em 102 quilômetros de trilhas na Serra do Mar paranaense.
Há um dito clássico de que se quer, dá-se jeito e se não quer, acha-se defeito. Muita coisa na vida…
Um mês após a jornada no Picadão do Cristóvão a abstinência das montanhas já era sentida. Foi então que o…
Em uma noite quente onde os termômetros marcariam 31 graus Celsius no dia seguinte e muito seco iniciei a trilha…
Montanhismo é uma atividade movida pela curiosidade e ousadia que desafia a própria sobrevivência dos praticantes. Por aqui começou nos…
O trio de montanhistas Elcio Douglas Ferreira, Jurandir Constantino e Rafael Galápagos abriram um novo itinerário ao Pico mais alto do Sul do Brasil que começa a 150 metros de altitude, passa pelo cume do Jacutinga 1100 metros e enfim atinge o cume do Pico Paraná, 1877 metros.
A Serra da Farinha Seca é a imponente cumeada visível de quem desce a Estrada da Graciosa, famosa vereda de paralelepípedos q interliga o planalto curitibano ao litoral. Com 16kms verdejantemente escarpados q se espicham a partir do Morro Mãe Catira e findam nos contrafortes abruptos e verticais no Morro da Balança, a visitação da Farinha Seca é rara, senão inexistente, por vários motivos. Não bastasse o terreno acidentado, seus cumes desprovivos de mirantes e repletos de vegetação agreste, suja, rija e espinhenta fizeram com q apenas recentemente a travessia completa destas cristas fosse realizada. Isso após 17 árduas investidas q cobraram inclusive uma vida. Este é o relato fiel da nossa incursão pelos quase onze cumes que integram esta nova travessia, neste rincão intocado, selvagem e pouco conhecido inclusive no sul do país.
Já havíamos feito três incursões à trilha do Marco 22, cada vez descobrindo um pedaço maior da trilha. Na terceira, eu e o Joel chegamos ao imponente Salto Mãe Catira, subimos a encosta e fomos parar em cima do cânion de diabásio. Na quarta-feira anterior ao fim de semana combinado para a travessia, fomos ao Clube Paranaense de Montanhismo para assistir a uma palestra do veterano Henrique (Vitamina) Schmidlin sobre a história da Serra da Prata. Lá perguntei ao Julio Fiori, que já fez a travessia algumas vezes, qual era a melhor maneira de transpor o Salto Mãe Catira. Ele respondeu à pergunta e teceu uma preciosa lista de dicas que seriam essenciais para a travessia. A partir daí só dependíamos de bom tempo e “sangue no zóio”.