1.877,33 metros. Esta é a altura precisa e oficial do ponto culminante da região sul do Brasil, o majestoso Pico Paraná. Isso de acordo com as medições feita pela parafernália científica e tecnológica da nossa época. Essa altura muda sempre a cada nova medição, e para menos, lamentavelmente. Nossa esperança é que as novas atualizações acabem mexendo apenas na casa dos centímetros, ou milímetros quem sabe.
Resultados da busca: Ibitirati (52)
Era a quarta vez que eu seguia para esse vizinho do pico Paraná, um imenso bloco rochoso que compõe uma das maiores paredes de escala do Brasil. O inicio da descida é relativamente íngreme, e exige um pouco de cuidado pra não torcer um tornozelo ou se esfolar. O fim da descida é o União, o qual se cruza rapidamente, e então um pouco mais de subida, e chega-se ao Ibitirati. Já de cara fiquei buscando por uma provável saída a direita, onde começaríamos a trilha no dia seguinte. Como todo mato era igual, sair do topo seria o mais obvio, mas isso era algo a se estudar pra frente ainda. Agora, tínhamos que encontrar locais bons para armar barracas, o que é meio difícil numa rocha sólida e maciça. Mas pra minha surpresa encontrei um rapidamente, encostado na trilha do lado esquerdo.
O córrego não apresentava nada de atípico, era muito belo e a água fresca e deliciosa. Porém ele nos reservava uma surpresa mais à frente. A descida por ele era cada vez mais inclinada, e mais à frente, para nossa surpresa, um novo rapel de fez necessário. Este com certeza poderia ter sido evitado se procurássemos uma passagem pela margem, mas a pressa falou mais alto, e o sol estava baixo já. Decidimos então pelo que era mais rápido, no caso, o rapel. Íamos agora descer por uma cachoeira seca. Se o rio estivesse no seu volume normal, jamais seria possível descer por ali. A ordem de descida foi mantida, eu primeiro, depois Paulo e por fim o Sexta. Restava pouco tempo de luz para nós neste dia, e dentro da mata, já estava bem escuro.
Quando estávamos combinando a viagem (como sempre eu sou o ultimo a saber qual será nosso destino), eu tinha conversado com o Bold, de fazermos a frontal lá no Marumbi. Iríamos de carro Bold, Lau e eu até a casa da dona Isabel, e subiríamos à estação do Marumbi. Acamparíamos e nos jogaríamos cedo na trilha! Arrumei todas minhas coisas, sem levar quase nada, só o básico mesmo.
O Altamontanha.com faz uma matéria especial sobre o que aconteceu de mais marcante no montanhismo do Brasil, Portugal e do mundo no ano de 2008. Reviva a memória e releia as matérias.
Este é um texto antigo e retrata uma época passada, uma paisagem também alterada, mas que deixou muita saudade.
A primeira tentativa de realização deste projeto foi em 2003, de 18 a 22 de junho deste mesmo ano. Em 2008 resolvemos ressucitar o projeto com o mesmo roteiro, vindo a ser denominado simplesmente Gigantes do Ibitiraquire 2008
O relato abaixo é de uma caminhada por esse antigo caminho colonial e que em muitos trechos apresenta o calçamento original de pedras. Ela começa próximo da Fazenda Pico do Paraná (base da caminhada para o PP), seguindo por alguns sítios e depois cai na trilha e segue por entre o Pico da Guaricana e o Ferreiro e passa pela base do Pico do Ferraria e Ibitirati. Ainda conhecemos a Janela da Conceição (espécie de túnel de 1,5 Km de extensão, usado para retirar material de um aqueduto subterrâneo), Cachoeira dos Cabos e a Janela da Cotia (o outro túnel). Estavam comigo nessa caminhada a Marcia e o Jorge e, do Paraná, o Júlio (nosso guia), o Paulo e o Zig.
A escuridão da noite, mesmo faiscando de vagalumes, transforma o sussurro doce do rio num rugir amedrontador, tornando uma simplória travessia em + um trabalho de Hercules. Texto de Jorge Soto com fotos de Paulo Marinho
Este é o relato da minha segunda vez no Pico Paraná… Uma história de coragem e insanidade, quando um grupo de jovens resolveu desafiar a previsão meteorológica.