A Ponta da Joatinga é um dos mais belos recantos caiçaras do litoral do pais, possível de ser palmilhado pela sua clássica travessia homônima. Pernada esta realizada entre a montanha e o mar. Mas esses enormes maciços apontando pro céu e forrados de verde q vigiam a travessia, será q tem alguma ligação entre si possibilitando uma nova, selvagem e legitima pernada pelo alto de serra? Movidos por essa dúvida q neste ultimo fds embarcamos numa 1ª incursão exploratória pro alto da península da forma pouco convencional e mais ortodoxa possível, isto é, mta disposição e poucas infos, alguns imprevistos e mto vara-mato, nada de guia e mto perrengue. Resultado: descobrimos q o alto da Joatinga merece tempo adicional pra exploração, q travessias são possíveis, e q chegamos involuntariamente num pico acima dos mil metros q sequer nome tem, embora conste discretamente nas cartas do IBGE. Ou quem sabe até tenha.
Resultados da busca: Morro do Açu (696)
A GUARITA, O TAMANDUÁ E A CANASTRA
Levantei por volta das 5:30 com o som da algazarra de maritacas próximas, revigorado e disposto a sair cedo. Mas aquela terça-feira amanhecera com tempo incerto, nublada e envolta em fina garoa, nos prendendo a nossos casulos por mais tempo. Só começamos a nos mexer de fato uma hora depois, qdo o tempo continuava cinzento, mas a chuva já tinha ido embora. Tomamos um farto café-da-manhã e prontamente arrumamos nossas coisas, sem tempo ate de secar barraca ou roupa molhada, o q deixou nossas cargueiras relativamente pesadas.
Fazia tempo que aqueles belos exemplares de bromélias não deviam sentir o cheiro de gente. Cansado, c/ o corpo moído, lacerado e ofegante em meio àquela exuberante selva, galgar a ultima piramba ate o alto da Serra da Graciosa era apenas mais um obstáculo a ser vencido. O som de veículos aumenta conforme nossa aproximação e nos dá algum alento a apressar o passo, q castiga o chão úmido, repleto de folhas e lama. Logo ressurgiríamos na civilização marcada pelo asfalto, mas os momentos e impressões dos três últimos dias percorridos sob condições adversas naquele trecho intocado da Serra do Mar paranaense, representado por um labirinto de rios furiosos e arvores gigantescas, ainda permaneciam vivos demais pra adotar qq postura conformista.
O Climatempo foi categórico: Fique em casa, que é roubada, o Simepar completava: Nem pense, vocês vão sifu e os amigos que conhecem o buraco foram unânimes: Tô fora, é fria, mas o Jorge Soto e seu parceiro Carlos, o Mamute faziam corinho: Vamos, vamos, vamos em frente.
Fotos: Jorge Soto e Carlos Filho
O despertador chama as cinco em ponto e imediatamente pulo da cama. É uma noite quente e curta, alguns sabiás já despertos enchem a madrugada com seu canto e visto as roupas de batalha. Nada além de calção, camiseta, um agasalho de pille e as botas de caminhada, tomo um rápido café enquanto a Solange prepara os sanduíches para a primeira jornada. Minutos depois estamos a caminho para apanhar o Elcio e o Batista que nos esperam na outra extremidade da cidade.
Fotos de Elcio Douglas Ferreira
Após semanas de tempo desfavorável – no inverno + umido e molhado q se tem noticia – quebrei um jejum de pernadas topando um convite p/ voltar aos arredores da Serra do Mar mogiana, cujos encantos vão alem da tradicional picada q bordeja o Rio Itapanhaú. Dessa forma, num sabadão de sol forte e céu azul, percorremos cristas e encostas forradas de densa Mata Atlântica ate dar na beirada da gigantesca Garganta do Gigante, atravessar a barragem e Rio Itatinga, p/ depois retornar pelo Parque das Neblinas. É a tal Trilha das Antas, circuitão relativamente tranqüilo q alterna picada e vara-mato, e palmilha atrativos menos conhecidos nos limites serranos dos municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga.
Como as coisas são engraçadas, passei os últimos dez dias com uma investida ao Pico Marins marcada com o Leandro Totino, mas em cima da hora desistimos de ir porque o carro dele não conseguiria subir a estrada (provavelmente repleta de lama por causa do volume de chuva dos dias anteriores).
Com um pouco de tempo, disposição e criatividade, podemos tornar passeios domésticos de um dia em aventura de final de semana . É o caso da conhecida travessia q sai do vilarejo de São Francisco Xavier e vai ate a mineira Monte Verde. Tradicionalmente feita em 10km pela Trilha do Jorge, antigo trilho tropeiro q fazia a ligação das fazendas das Gerais (MG) e o Vale do Paraíba (SP), pode ser perfeitamente emendada com sua variante oriental, a Trilha Sta Cruz, saindo (ou voltando) da fazenda homônima. Temos assim um circuitão semi-pesado p/ 2 dias, q começa e termina na pacata SF Xavier, subindo a Mantiqueira em meio à exuberante Mata Atlântica.
É desnecessário recomendar aos corredores de aventura para que nem tentem repetir isto sem apoio logístico dos Mariners. Mas foi o que o Elcio Douglas Ferreira e o Arlindo Rossi (ambos com 40 anos) fizeram na madrugada de 04/06/2009, enfrentando distancia superior a 60 km que separa as bases das duas montanhas nas proximidades da divisa do Paraná com Santa Catarina com temperatura de -5ºC e sensação térmica inferior aos -15ºC.
Será realizado dois cursos em Curitiba no mês de Julho: para os escaladores avançados, o PAARE – Capacitação em Prevenção de Acidentes e Auto-Resgate em Escalada em Rocha e para aqueles que pretendem iniciar na escalada o Curso de Capacitação em Escalada em Rocha – Nível Básico.