Quem viaja pelas estradas planas do Brejo Paraibano – micro região interiorana da Paraíba de clima + ameno em função da altitude do Planalto da Borborema – não imagina o q existe algo além de sua monótona paisagem de caatinga e lavouras de açúcar. Próximo da divisa c/ RN há um local repleto de serras, grutas, cachus, pinturas rupestres e enormes monólitos de pedra apontando pro céu, cujo carro-chefe é a famosa Pedra da Boca. Localizada dentro do recém-criado (e desconhecido) Pque Estadual homônimo e nos contrafortes da Serra das Confusões, ele é o novo palco da galera potiguar praticante de rappel, escalada e trekking. Mas aos poucos vem atraindo tb gente de fora, aventureiros sedentos por novos destinos inexplorados e belezas naturais ainda incógnitas no mapa do ecoturismo brasileiro.
Resultados da busca: Morro do Açu (711)
27/01/2009 – 6º Dia
Acordamos com um super sol, tomamos café com bolacha salgada (aliás, todos os cafés da manhã foram café ou Nescau com bolacha salgada) e pé na trilha!
A capacitação em escalada em rocha, nível básico, é voltada àqueles que têm pouca ou nenhuma experiência em escalada em rocha, habilitando o aluno a realizá-la com segurança através da instrução de técnicas de escalada, segurança, descidas, prevenção de acidentes, meios de fortuna e treinamento.
A Urca, no Rio de Janeiro, é o mais conhecido e tradicional centro de escalada do Brasil.
PELA PREFEITURA E INTERIOR DO VALE
Deixei o local sob o sol bravo das 12:30 e um céu estupidamente azul e limpo, mas felizmente a trilha é bem arborizada. La embaixo, ao invés de seguir p/ esquerda (Gruta do Morro) continuo pela trilha, acompanhando o Rio Pati pela sua margem direita. No caminho detono um sanduba caprichado q seria meu almoço e passo pela entrada da casa de Dna Lea, onde o pessoal da Pisa almoçava. A pernada prossegue ininterrupta ate q cruzei o Pati ate sua outra margem, já menos arborizada porem permitindo uma vista fantástica da metade do vale. Notei q estava emparedado pelas paredes do cânion, e por todos os lados despontam paredões enfeitados por boqueirões, grutas e lapas, q são reentrâncias nas pedras q formam um teto similar a gruta. Alem de muita mata e verde ao sopé das mesmas.
Toda subida tem sua descida, no caso um ziguezague por carreiro de terra aplainada e pedras soltas, cercado de muita samambaia. A camelagem parecia não ter fim, subida brava, descida pior, agravada c/ o dedão batendo na ponta da bota! A medida q perco altitude, noto bem próximas algumas casinhas esparsas e lonas inconfundíveis de barracas nos pequenos quintais. E as 15hr chego na casinha simples do seu Wilson & Dna Maria, bem do lado da trilha, q ainda desce vale abaixo. Havia lugar sobrando no quintal inclinado dele, embora este fosse formado basicamente de terraços p/ acomodar uma dúzia de barracas, metade dele tava ocupado. Negociei meu pernoite (R$3) e foi lá q joguei definitivamente minhas tralhas, exausto. Seu Wilson é um dos vários ´pousos´ daqui, pois os locais tão habituados a hospedar forasteiros. Meus vizinhos de barraca eram ripongas de passagem p/ Capão, pra variar. Uns estavam já de saída e levavam crianças a tiracolo, nas costas!!!
A Chapada Diamantina é uma miragem de pedra, alta e colorida no meio dos tons ocres e secos do sertão baiano. O relevo e as chuvas no verão promovem a profusão de rios, vegetação rica e abundante, grutas, cachoeiras e serras. E tem a tradicional ´Travessia do Vale do Pati´, q embora fosse + uma pernada dentro da mega-pernada q me propusera, a travessia do Capão ate Andaraí tinha lá o seu status de ser a ´mais famosa do país´, ´a Santiago de Compostela tupiniquim´, a ´travessia do Brasil´, entre outros tantos predicados. Quiçá pq esse trecho fosse um dos q melhor resumem esse espetáculo repleto de cenários e detalhes interessantes. Era ver pra crer.
Na verdade estávamos cansados demais para fazer qualquer coisa mais pesada e queríamos apenas prolongar aquela moleza. Em cima do laço resolvemos descer até a cidade do Rio para descansar e brincar um pouco nas pedras do Pão de Açúcar. Liguei para o Hugo Fialho e a Sara, tios da Solange que moram no bairro do Catete e me convidei para o jantar. Saímos de Petrópolis no cair da noite e chegamos em Duque de Caxias na hora do rush.
O Programa Acesso às montanhas Pan-Americano está sendo criado para reunir escaladores ativistas de todo o continente americano para trabalhar pelo livre acesso às montanhas e conservação do meio ambiente da escalada.
Sem perda de tempo continuamos a subir pela trilha muito batida que corta a floresta em direção ao Açu. Alcançamos uma clareira onde a trilha se divide. O Pioli ficou com as mochilas na clareira observando uma grande ave empoleirada nas árvores enquanto eu, o Primata e a Juliana levamos os cantis pela variante à esquerda até cruzarmos um córrego ao lado de uma grande pedra.